Antes de fazer uma Oferta Pública Inicial de ações (IPO na sigla em inglês), uma empresa deve ter uma percepção clara dos riscos que fazem parte do processo de abertura de capital. É o que analisa a consultoria Ernst & Young, que divulgou enumerou dez critérios a serem considerados antes da opção.

São eles: falha no plano, falha na identificação do momento certo, falta de suporte dos próprios executivos da empresa, governança corporativa ineficiente, falha na seleção da assessoria, incapacidade de atrair analistas certos, falha na comunicação no road show, falha na obtenção dos investidores, perda de foco e não entregar o prometido.

- Se tivermos de juntar todos esses riscos em um, ele está na empresa não ter uma estratégia clara que justifique o IPO - analisou Carlos Alberto Miranda, sócio da Ernst & Young, em entrevista ao programa Agribusiness Online, nesta quarta-feira, dia 2.

No ano passado, o mercado acionário brasileiro viveu um momento histórico, com uma febre de ofertas inicais. Foram 64 empresas que estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O Brasil liderou o ranking mundial, ao lado da China.

- Houve uma onda do IPO no ano passado e a gente percebe que algumas empresas não se prepararam tanto porque não tinha exatamente uma estratégia a ser financiada pelo modelo de negócio - acrescentou.

Carlos Alberto Miranda chamou a atenção também para a importância de uma comunicação eficiente da estratégia da empresa. Segundo ele, o mercado é bastante sensível e qualquer falha pode resultar em desvalorização.

- Quando uma empresa abre o capital, traz um novo sócio, que é o mercado, um sócio que a gente não sabe como vai reagir.

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