| 26/03/2008 19h46min
Depois de oito dias parado no Porto Seco de Uruguaiana, o caminhoneiro André Maciel, 29 anos, ainda enfrentou mais uma hora e meia de espera na barreira dos ruralistas argentinos, em Saladas (distante 119 quilômetros de Paso de los Libres, fronteira com o Brasil). A carga de ácido cítrico que deveria chegar à Vila Mercedez na quinta-feira passada, só chegará ao destino amanhã. Assim como Maciel, cerca de 3 mil caminhoneiros brasileiros ficam retidos por dia nas barreiras de protesto do país vizinho.
— Atrasa ainda mais a viagem. A gente só perde e fica longe da família — comenta.
Em toda a Argentina, são mais de 300 os pontos de barreira organizados pelos ruralistas, que deixam claro que a manifestação não tem data para terminar. Só na província de Corrientes, primeiro Estado argentino para quem entra pelo Rio Grande do Sul, são 10 pontos.
Em toda a Argentina, são mais de 300 os pontos de barreira organizados pelos ruralistas
Foto:
Marina Lopes