Se não bastasse o atraso provocado pela greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que atrasa as viagens das transportadoras em uma média de 10 dias, ao entrar na Argentina, os caminhoneiros passam por nova provação. Desde ontem, mais de 300 barreiras de produtores rurais estão espalhadas pelas estradas do país. Só na província de Corrientes, são mais de 10.

A mais próxima do Brasil, em Saladas, na localidade de Quatro Bocas (distante 119 km de Paso de los Libres, na fronteira com a brasileira Uruguaiana), ocupa a pista a cada hora, deixando os veículos passarem por apenas 15 minutos. A cada hora de pista fechada, juntam-se aproximadamente 200 veículos, 70% deles caminhões brasileiros.

Os ruralistas entregam panfletos aos motoristas explicando a causa do bloqueio. A principal reivindicação dos produtores rurais é em relação ao aumento por parte do governo federal do imposto para exportação de grãos, como a soja, por exemplo.

O imposto, que era de 35% em cima do valor da carga, passou para 44%, o que representou um aumento para os cofres públicos do país de US$2,3 milhões. Dinheiro que, segundo os produtores, não é repassado em melhoria para as províncias.