| 03/03/2008 21h20min
De acordo com o Ministério da Agricultura, Minas Gerais conseguiu o maior numero de propriedades na lista final da União Européia por causa da competência do órgão de defesa sanitária do Estado, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Os técnicos mineiros agilizaram as vistorias e entregaram um relatório completo, atendendo exigências européias.
Mesmo com o crescimento nos últimos anos, a exportação no Estado ainda não é representativa, mesmo assim no ano passado mais de cem mil toneladas embarcaram para o exterior, destas, 30 mil foram para a Europa.
A Fazenda Santo Antonio é a única no município de Unaí (MG) aprovada para exportação, e pecuaristas do Estado mostram-se insatisfeitos com as regras de rastreabilidade.
– Como pode isso? Unaí possui o maior rebanho do Estado, com 330 mil cabeças, e só aprovam uma propriedade? Não acho justo este processo – lamenta o pecuarista Hélio Machado.
Machado chegou a fazer a rastreabilidade em um rebanho de 400 animais, mas acabou desistindo do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
– Eu, como invernista, tenho que repor as 400 cabeças depois que entrego no frigorífico. Agora, quando vou comprar o boi magro, o gado precisa ser de fazenda com rastreabilidade, só que não encontramos. Não funciona. Além disso, o preço não compensa, apenas R$ 1 ou R$ 2 de diferença entre o gado rastreado e não rastreado.
O pecuarista acha um exagero todo este processo para atender um mercado que precisa da carne do Brasil.
– É uma afronta, uma falta de respeito, fazer o que eles estão fazendo, sabendo que temos sanidade, temos uma carne de qualidade. Não podemos aceitar isso – contesta machado.
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Exportações de carne in natura para o bloco europeu devem estar normalizadas até o final deste ano
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