| 22/12/2007 10h44min
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o presidente em exercício de Cuba, Raúl Castro, inauguraram nessa sexta-feira, dia 21, a primeira fase da refinaria de Cienfuegos, a ponta-de-lança da cooperação energética da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e primeira meta cumprida do mecanismo regional Petrocaribe.
A abertura da refinaria Camilo Cienfuegos foi o ponto final da cúpula da Petrocaribe, com a presença de 11 chefes de Estado e de governo dos 16 países-membros. Também participaram delegações convidadas de Trinidad e Tobago, Barbados e Honduras.
Construída com tecnologia soviética no fim da década de 80, a refinaria paralisou suas atividades em 1995, com a queda da economia cubana após o fim do bloco socialista. Ela foi resgatada em 2005, num projeto da empresa mista cubano-venezuelana Cupet-PDVSA.
Do investimento total de mais de US$ 1,4 bilhão, ela já recebeu US$ 166 milhões, em sua primeira fase. Até agora é o maior projeto de cooperação energética da Alba, que reúne Venezuela, Cuba, Bolívia e Nicarágua.
O governante venezuelano ressaltou a importância da refinaria.
– Este é um passo muito importante. Agradecemos a Cuba e ao esforço conjunto que fizemos, porque até agora só havia centros de processamento na Venezuela – disse, no seu discurso na abertura da cúpula.
Segundo Chávez, a Venezuela já enviou a Cuba cerca de 500 mil barris de petróleo. A indústria "em breve estará refinando essa primeira carga, com capacidade para 65 mil barris diários". O plano, acrescentou, é chegar a "100 ou 150 mil barris diários".
Luis Alfredo Gómez, gerente geral da empresa mista, disse que a refinaria terá capacidade para produzir diariamente 950 barris de LT, 15,5 mil de gasolina, 7,3 mil de querosene, 14,2 mil de óleo diesel e 32,5 mil de combustível derivado do petróleo destinados ao mercado interno e externo.
Localizada na zona industrial de Cienfuegos, 253 quilômetros a sudeste de Havana, a refinaria terminou no dia 18 a montagem mecânica do sistema, de tecnologia japonesa.
AGÊNCIA EFE