| 05/12/2007 19h48min
A sétima maior economia do mundo, a Itália, está disposta a comprar bovinos vivos do Brasil. A missão de empresários e representantes italianos que estiveram nesta quarta, dia 5, em Brasília, acordou importar aproximadamente 200 mil animais vivos para engorda e processamento no próprio mercado italiano. A expectativa é que os novos embarques comecem a partir de março do ano que vem.
Na visita ao Brasil, o ministro da Agricultura da Itália, Paolo di Castro, se impressionou com o tamanho das áreas do país usadas como pastagens. Ao olhar o mapa, pendurado na parede do gabinete do Ministro da Agricultura do Brasil, Reinhold Stephanes, di Castro se mostrou otimista com ampliação dos negócios. Antes, confirmou o interesse do mercado italiano em comprar bezerros vivos do Brasil e também alimentos congelados e carne suína. Para o ministro Stephanes, as novas negociações no setor de alimentos podem se concluir antes da ida do presidente Lula à Itália, em abril do ano que vem.
– o Brasil pode se tornar um dos únicos fornecedores de carne de qualidade para a Itália a preços mais competitivos e que a Itália vai querer contrapartidas – disse Stephanes.
Os empresários e o goveno da Itália querem que o Brasil garanta a venda contínua de carnes e que o país compre mais produtos italianos. Em troca, as autoridades italianas prometem sensibilizar outros países mais protecionistas da Europa, como França e Irlanda, a serem mais flexíveis em relação ao Brasil, sobretudo no comércio agrícola.
O ministro italiano aproveitou para pedir o mesmo ao Brasil.D isse que o país ainda impõem obstáculos aos produtos da vendidos pelas Itália.
- Se o Brasil quer aumentar as relações e chegar ao uma europa livre e aberta, deve ajudar a Itália a a aumentar a presença do produto alimentar italiano de qualidade no mercado brasileiro – disse di Castro.
Atualmente, o quilo da carne brasileira ingressa no mercado italiano por pouco mais de 16 reais. Mas metade do custo do produto é para pagar tarifas, segundo as autoridades italianas. Mesmo assim, o Brasil vende mais produtos que compra. Nesse ano, enquanto as exportações brasileiras para a Itália alcançaram mais de US$ 3,6 bilhões, as importações dos italianos foram menores: de mais de US$ 2,6 bilhões.
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