O PSDB vai recorrer contra a decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de arquivar os dois processos que investigavam o ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL). O líder do partido, Arthur Virgílio (AM), questionou a "decisão monocrática". Ele defendeu que o arquivamento ou andamento das investigações deveriam ser submetidas ao plenário.

Um processo investigava uma suposta participação de Calheiros num esquema de arrecadação de

recursos em ministérios e órgãos da Administração Pública Federal controlados pelo PMDB. O outro investigava a denúncia de que o senador teria comandado um esquema de investigação contra os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB).

— É óbvio que foi uma atitude arbitrária, uma decisão monocrática que não corresponde aos anseios do PSDB e, tenho certeza, do DEM também — afirmou Virgílio.

O senador quer que os representantes dos partidos no conselho decidam se cabe ou não o arquivamento. O líder tucano afirmou que se as denúncias forem pertinentes o PSDB "será obrigado a requerer audiências públicas e tocar a vida para frente". Virgílio disse que pelo regimento interno do Senado cabe um requerimento para que a decisão do presidente do Conselho de Ética seja homologada pelo colegiado.