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 | 03/12/2007 17h16min

Conab discute medidas para melhorar comercialização de hortigranjeiros

Deverão ser criados mecanismos para incentivar a produção pela agricultura familiar

Dirigentes de Centrais de Abastecimento (Ceasas) e especialistas na comercialização de produtos hortigranjeiros (produtos de hortas e granjas) estão reunidos, desta segunda, dia 3, até quarta, dia 5, na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em busca de fórmulas para melhorar a negociação desses produtos e baratear esses produtos. A explicação é do coordenador do Projeto Prohort, da Conab, Samuel Tônia.

Nesses três dias, eles discutem desde a criação de mecanismos para incentivar a produção de hortigranjeiros pela agricultura familiar e a adoção de meios para privilegiar os produtos locais, de modo a gerar mais renda na comunidade e tornar mais ágil o transporte entre a produção e a comercialização. A intenção é reduzir o número de repasses de produtos entre mercados, o que resulta em preços mais baixos para os consumidores.

Criado em 2005 para integrar as 53 Ceasas do país e as centrais comerciais de menor porte por meio de acordos de cooperação técnica, o Prohort contribui, segundo Samuel Tônia, para garantir abastecimento e segurança alimentar pelo acesso a produtos mais baratos e de melhor qualidade. Por gerar emprego e renda na periferia do próprio mercado consumidor, o programa, acrescenta o coordenador, também reduz a migração para os grandes centros.

O coordenador do Prohort cita dados da Conab segundo os quais foram comercializadas 13,85 milhões de toneladas de produtos hortigranjeiros em 2006 na rede Ceasa e suas afiliadas. A movimentação atingiu cerca de R$ 20 bilhões, considerando-se apenas as vendas no atacado, sem adicionar os valores de beneficiamento pós-colheita, frete, embalagem, armazenamento, processamento e distribuição, dentre outros.

Um dos objetivos do encontro que acontece na Conab é também o incentivo à descentralização da comercialização pelas Ceasas, atualmente concentrada na Região Sudeste. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo respondem por 58% da oferta, enquanto os nove estados do Nordeste movimentam o equivalente a 19%, os estados do Sul apenas 14% e os 9% restantes estão distribuídos no Norte e Centro-Oeste.

Depois de um período de estagnação do sistema de abastecimento – nos âmbitos federal, estaduais e municipais – a rede de Ceasas volta a se revigorar com a recente inauguração de entrepostos em Maceió (AL) e Paulo Afonso (BA). Também está prevista a inauguração de centrais em Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Patos de Minas (MG).

AGÊNCIA BRASIL

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