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 | 19/11/2007 10h05min

Rejeição da CPMF é problema da sociedade e não do governo, diz Lula

Presidente fez discurso pró-prorrogação do imposto em seu programa de rádio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, dia 19, que a não-aprovação da emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não representará problema para o governo, e sim para a sociedade. Segundo ele, caso a emenda seja rejeitada pelo Senado, o governo terá de “arrumar dinheiro de algum lugar” para garantir os recursos da CPMF que são destinados à saúde.

Como argumento em favor da prorrogação da CPMF, Lula citou números de atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no ano passado. Segundo ele, foram R$ 16 bilhões da CPMF para o setor,  o que garantiram mais de 11 milhões de internações, 268 milhões de consultas especializadas, 348,8 milhões de exames laboratoriais, 9,3 milhões de hemodiálises, 134 milhões de procedimentos ambulatoriais e 2,2 milhões de partos.

– Eu quero saber quem vai explicar para os prefeitos do Brasil, para os governadores do Brasil, para os pacientes do SUS a hora que não tiver o dinheiro para fazer essa quantidade de atendimento que eu acabei de citar agora. Vamos ter de arrumar dinheiro em algum lugar – disse nesta segunda-feira em seu programa de rádio Café com o Presidente.

Lula ainda apelou para a “consciência de cada senador” ao pedir que a prorrogação da CPMF seja aprovada. A matéria, que prorroga a CPMF por mais quatro anos, está em discussão no Senado e precisa de aprovação em dois turnos de votação em plenário. Para continuar a valer a partir de 2008, precisa ser aprovada até 31 de dezembro deste ano. Ao todo, são R$ 40 bilhões por ano arrecadados com a contribuição.

– O Brasil não pode prescindir desses recursos – disse Lula, que completou fazendo referência aos senadores de oposição que têm feito discursos contrários à CPMF:

– Penso que está na hora de as pessoas pensarem um pouco no Brasil ao invés de pensarem apenas nas próximas eleições ou pensarem em marcar posições.

AGÊNCIA BRASIL

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