| 13/11/2007 19h55min
O plâncton oceânico pode absorver muito mais dióxido de carbono (CO2) do ar do que se pensava. Entretanto, os ecossistemas marinhos podem sofrer danos se isto acontecer. A informção é de um novo estudo publicado esta semana na Nature.
Conforme a pesquisa, o mar já absorveu cerca da metade do CO2 que foi emitido por combustíveis fósseis desde o início da Revolução Industrial. O gás se dissolve nas águas superficiais, de onde é transportado ao longo do oceano. Um papel fundamental é realizado por micro-organismos chamados fitoplânctons, que absorvem o gás dissolvido no oceano para realizar a fotossíntese. Quando o plâncton morre, ele desce até o fundo do oceano, potencialmente estocando o carbono por milhões de anos.
Se, como uma esponja saturada, os oceanos não absorvessem mais, a concentração atmosférica de CO2 aumentaria acentuadamente, assim como o aquecimento global. Outra preocupação é que o crescente aumento do nível de CO2 dissolvido cause uma acidificação da água do mar. A vida selvagem, como a dos corais, é afetada pela acidificação, mas o impacto sobre outras espécies marinhas ainda é desconhecido.
Além disso, o trabalho ressalta que o aumento da dissolução de carbono no mar pode causar problemas como o crescimento maior de algas. Isso levaria a redução do teor de oxigênio em algumas partes do oceano, enquanto o aumento do nível de carbono pode causar um desequilíbrio nos nutrientes básicos, ocasionando implicações que podem chegar a toda cadeia alimentar marinha.
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