| 12/11/2007 07h04min
Às voltas com escassez de gás natural ao menos até 2009, com risco de que o desequilíbrio entre oferta e demanda se estenda pelos próximos quatro anos, o governo terá de voltar a atenção ao abastecimento interno.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em Santiago, no Chile, com o colega boliviano, Evo Morales, para tratar da visita à Bolívia no dia 12 de dezembro, quando oficializarão a retomada de investimentos brasileiros. Os planos haviam sido interrompidos com a nacionalização, em 2006.
– Vou à Bolívia com o objetivo de firmar acordos, porque interessa ao Brasil um clima de paz e harmonia com um país de extensão fronteiriça como tem a Bolívia – disse Lula.
O objetivo é garantir o cumprimento do contrato que prevê a entrega de 30 milhões de metros cúbicos diários ao Brasil, necessário porque a Bolívia negociou mais gás do que produz. A solução só viria com o início da produção do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos.
Lula anunciou o plano de construir um
pólo gás-químico entre Corumbá (MS) e Puerto Suárez (Bolívia). Na quarta-feira, dia 7, a Braskem, que desenvolve estudos para esse pólo, havia manifestado cautela. O presidente da empresa, José Carlos Grubisich, disse que o plano seria reativado quando houvesse "volume de gás assegurado e condições políticas".