| 09/11/2007 10h48min
Após o aumento de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004, a economia brasileira enfrentou uma desaceleração, passando a uma taxa de crescimento de 3,2% em 2005. Em valores correntes, o resultado alcançado foi de R$ 2.147 bilhões; e o deflator do PIB foi de 7,2%. As informações estão no último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentado nesta sexta-feira, dia 9.
Segundo a pesquisa, pela ótica da produção, o crescimento do PIB em 2005 resultou dos aumentos de 3% no valor adicionado e de 4,4% no volume dos impostos sobre produtos, que somaram, líquidos de subsídios, R$ 305 bilhões, com um crescimento nominal de 10,8% em relação a 2004. O crescimento do valor adicionado total, por sua vez, foi explicado pelas taxas dos serviços (3,7%) e da indústria (2,1%). A agropecuária variou 0,3%, em decorrência, sobretudo, da influência de fatores climáticos.
Pela ótica da demanda, o consumo final cresceu 3,9% em 2005. O consumo das famílias cresceu 4,5%, e o consumo final do governo e das Instituições Privadas Sem Fins de Lucro a Serviço das Famílias cresceram 2,3% cada um. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, o mesmo que investimentos) teve crescimento, em volume, de 3,6%. Seus preços subiram 5,7%, levando a um crescimento em valor de 9,5%.
A balança de bens e serviços apresentou superávit, em 2005, de R$ 77,5 bilhões, superando o resultado de 2004 (R$ 75,3 bilhões). O aumento das exportações, de 1,9% em valores correntes, foi maior que o das importações (1,5%). Em volume, as exportações cresceram 9,3%, frente aos 8,5% das importações.
Pela ótica da renda, a expansão da economia em 2005 levou a um crescimento de 3% no número de vagas no mercado de trabalho, totalizando 90,9 milhões de ocupações. O rendimento médio anual, em valores correntes, alcançou R$ 9,7 mil por ocupação, superando nominalmente em 8,8% o resultado de 2004.
Todas as informações integram os resultados
definitivos do Sistema de Contas Nacionais
(SCN), para os anos de 2004 e 2005, já segundo a nova série, divulgada pelo IBGE em março deste ano.