| 07/11/2007 06h56min
Pecuaristas de Mato Grosso do Sul que criam gado na região de fronteira com o Paraguai questionam as regras para a etapa de novembro da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Na área, todo o rebanho deverá ser imunizado, e não apenas os animais com até dois anos de idade, como acontece no restante do Estado.
A Iagro, órgão responsável pela sanidade animal em Mato Grosso do Sul, estima que mais de 1,5 milhão de bovinos da região recebam a vacina.
O pecuarista Dácio Queiroz é proprietário de uma fazenda na cidade de Antônio João, a 330 quilômetros de Campo Grande. Nesta etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa o pecuarista esperava vacinar 800 animais, com idade até 24 meses. Mas como os produtores dos municípios da região de fronteira com o Paraguai deverão vacinar todo o rebanho, ele terá que mudar os planos. Vai comprar pelo menos 1,2 mil doses de vacina a mais do que o previsto.
A reclamação dos pecuaristas é com o aumento dos custos para imunizar o rebanho. Para minimizar os gastos, os produtores querem que o governo estadual custeie a compra das doses que serão aplicadas nos animais com idade superior a 24 meses. Para isso, propõe a utilização de parte dos R$ 20 milhões, liberados em outubro pelo Ministério da Agricultura, para que Mato Grosso do Sul aplique nas ações de controle e erradicação da febre aftosa.
A secretária de produção não concorda com a reclamação dos pecuaristas. Ela lembra que a medida foi adotada para ajudar no processo de erradicação e combate à febre aftosa, e que diante dos prejuízos já causados pelos focos da doença registrados no Estado há dois anos, os gastos adicionais com a vacinação seriam mínimos.
LUIZ PATRONI - REPÓRTER CANAL RURAL - SUCURSAL CAMPO GRANDE