| 05/11/2007 06h42min
No Brasil, os preços da gasolina e do diesel não sobem nas refinarias desde setembro de 2005. Outro derivado importante para a economia popular, o gás de cozinha, chamado de GLP, não muda de preço para os distribuidores desde o início do governo Lula, em 2003. As variações que ocorrem nos valores pagos pelos consumidores são pequenas, reflexos do mercado.
Os derivados de petróleo que sofrem mais impacto da variação internacional são o querosene de aviação e a nafta, principal matéria-prima da cadeia petroquímica, que tem como produtos finais plásticos, tecidos e materiais como solventes e tintas.
A Petrobras tem reiterado que pretende manter a estratégia de não repassar altas temporárias dos preços internacionais. Essa política é sustentada pelo câmbio valorizado - à medida que o real se fortalece, reduz o resultado da conversão do preço em dólares para a moeda nacional.
O fato de a gasolina vendida no Brasil ter 25% de álcool também
colabora para a manutenção dos preços.
Sustenta ainda essa posição da Petrobras o fato de que o preço interno de produção no Brasil representa cerca de um quarto das cotações internacionais. Enquanto nos anos 80 o Brasil importava mais de 80% do petróleo que consumia, hoje essa proporção caiu para ao redor de 10%.