| 23/10/2007 14h45min
O custo médio dos empréstimos para pessoa física caiu 0,3 ponto percentual em setembro, chegando a 46,3% ao ano, o menor nível desde julho de 1994. Em contrapartida, a taxa média do cheque especial aumentou 0,5 ponto percentual e chegou a 140% ao ano.
Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o aumento da taxa do cheque especial “revela movimentos pontuais”. Segundo ele, quando um número de tomadores de crédito migra do cheque especial para o empréstimo consignado, por exemplo, aqueles que permanecem na carteira têm um nível de risco maior e, por conseqüência, taxas mais altas.
– Como os agentes que permaneceram na carteira são das taxas mais elevadas acaba elevando a média geral do movimento.
O crédito consignado (com desconto na folha de pagamento) foi o maior responsável pelo desempenho das operações de crédito pessoal em setembro, com R$ 61 bilhões, 1,6% a mais do que em agosto.
A taxa média de juros, que vem caindo durante todo o ano, atingiu 35,5% ao ano, com redução de 0,2 ponto percentual. Esse patamar é o menor da série histórica iniciada em junho de 2000, e reflete predominantemente as operações com pessoas físicas.
O volume das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 854,1 bilhões em setembro, com alta de 1,4% com relação ao mês anterior e de 24,8% nos 12 meses fechados em setembro. As operações com pessoas físicas chegaram a R$ 295,4 bilhões, 1,7% a mais do que em agosto.
Os dados constam no relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado nesta terça, dia 23, pelo Banco Central.
AGÊNCIA BRASIL