O café é a bebida tipicamente brasileira. Depois de um almoço ou de um jantar, aquele cafezinho bem quentinho sempre cai bem. Consumido com moderação, ele pode agir como estimulante cerebral.

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Mas além do tradicional café na padaria da esquina, existem aquelas belas criações, onde os profissionais designados para compor a bebida incrementam-na e fazem, além de uma bebida saborosa, bela de se ver! Esses criativos profissionais são os baristas. Mas como se tornar um?

Otávio Linhares, um artista no preparo dos cafés, nos esclareceu algumas dúvidas e explicou de onde surgiu o termo. No Lucca Café, onde ele trabalha, o curso sai por R$ 390 (carga horária de oito horas e até oito alunos por turma).


Foto: Sxc, Divulgação 

hagah: Como surgiu essa forma criativa de preparar cafés?
Otávio Linhares: Na Itália. Lá não existe café passado como no Brasil. Os bares italianos servem de tudo. Nesses espaços, quem trabalha atrás do balcão é conhecido como "BARista", ou seja, o cara que trabalha no bar. Esse nome ganhou diversas conotações durante a segunda metade do século XX, mas com a especialização das cafeterias pelo mundo, o nome barista acabou se tornando um selo da profissão.

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hagah: Quem quiser ser um barista, o que deve fazer?
Otávio Linhares: O ideal é trabalhar em uma cafeteria, ou próximo a alguém com mais experiência.

hagah: Como é o curso?
Otávio Linhares: Um curso de barista nada mais é do que um curso dividido em duas partes: teoria e prática. A teoria é para que se conheça o universo do café, ou como eu costumo dizer "quebrar paradigmas"; e a prática, onde o participante aprende o que é o conceito espresso, a vaporização do leite (para compor bebidas à base de café com leite), e alguns drinks simples e fáceis de se confeccionar. A prática também aproxima o indivíduo de um universo completamente alheio de nossa realidade: máquina, moinho, grãos específicos de diversas regiões e demais acessórios.

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Foto: Sxc, Divulgação

hagah: Qual é a diferença do Curso Barista Básico e o Curso Barista Avançado, que o Lucca oferece?
Otávio Linhares: No curso básico existe uma primeira aproximação do participante com o mundo do café. Já no avançado, ensino as artimanhas da profissão, os erros mais comuns, algumas fatalidades que podem ocorrer, como por exemplo "afinar o moinho", que é uma armadilha pra quem trabalha com cafés. Além disso, treino um pouco de latte art, e simulo algumas situações que ocorrem no dia-a-dia da cafeteria.

hagah: Há mais mulheres ou homens no mercado?
Otávio Linhares: No Brasil, por uma questão cultural, talvez, no começo houve uma predominância de mulheres, mas isso também varia de região para região. Hoje temos muitos homens se identificando com a coisa "barista".

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Foto: Sxc, Divulgação

hagah: Qual o salário médio de um barista?
Otávio Linhares: O salário inicial geralmente é sindicalizado e não passa de R$ 700. Há casos raros onde o salário é definido pela cafeteria e ultrapassa este valor. O que pode acontecer é cobrar aquela famosa taxa de serviço de 10% e repassá-la ao barista e, dessa forma, aumentar em pelo menos 20% o salário. Mas geralmente gira em torno de no máximo R$ 1.000. Com um pouco mais de experiência, o barista pode passar a ganhar mais, bem como, treinar outras pessoas, oferecer consultorias, enfim, aí depende da capacidade e da vontade de cada um.

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