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Quem tem alguma deficiência auditiva e precisa se comunicar precisa utilizar a Libras (Língua Brasileira de Sinais). Aliás, o mercado para profissionais que ensinam esse sistema está em alta, já que é cada vez mais comum a inclusão dos surdos em escolas, universidades e no próprio mercado de trabalho.
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Para conversar em Libras não basta conhecer apenas os sinais: é preciso se aperfeiçoar da estrutura gramatical para haver a combinação em frases. A língua, oficialmente reconhecida, não é universal, ou seja, cada país possui sua própria língua de sinais. “Os sinais são cheios de significado e variam conforme a cultura de cada povo. A Libras tem variantes, como acontece no português”, explica Eliete de Lara Constante, técnica pedagógica da área da surdez do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.
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Para se tornar um professor de Libras, o interessado deve ter, no mínimo, uma licenciatura plena juntamente com o comprovante de proficiência em Língua de Sinais. “Esse comprovante pode ser obtido mediante declaração de curso de formação de instrutores surdos, expedida pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Feneis, Certificado de Proficiência para o Ensino da Libras - PROLIBRAS, emitido pelo MEC ou ainda Certificado de Curso de Formação de Instrutores Surdos expedido pelo Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná”, esclarece Eliete. Os professores de Libras devem ser preferencialmente surdos, segundo o decreto 5626/05, já que eles são usuários naturais da língua.
Já os tradutores/intérpretes de Língua de Sinais/Língua Portuguesa são profissionais com habilidade em Libras que mediam a comunicação entre surdos e ouvintes. “Para se tornar um tradutor/intérprete, o profissional precisa ser conhecedor da língua e submeter-se a uma banca avaliadora que certificará sua proficiência. No Paraná, a escolaridade mínima exigida é o ensino médio completo juntamente com o certificado de proficiência”, esclarece a pedagoga.
Cada instituição tem um critério de organização regular, ou seja, o tempo dos cursos varia. O custo também é variado. “Existe a oferta do curso de Letras/Libras oferecido pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), com pólos a distância em vários lugares do Brasil, assim como em algumas instituições privadas, que estão iniciando essa oferta”, completa.
No Paraná, a Secretaria de Estado da Educação prevê, conforme decreto 5626/05 (que regulamenta a lei 10436/02), a contratação de professores de Libras e tradutores/intérpretes de Língua de Sinais/ Língua Portuguesa para trabalhar na educação básica estadual, onde se encontram os alunos surdos. Eliete acrescentou, ainda, que existe demanda para estes profissionais no campo empresarial, bem como no ensino superior e pós-graduações.
Com informações do Portal de Libras (http://www.libras.org.br)
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