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Eleições  | 23/09/2010 18h14min

Ministro Joaquim Barbosa vota a favor da Ficha Limpa ainda este ano

Segundo o magistrado, todos os candidatos já tinham ciência de quais seriam as causas de inelegibilidade

O ministro Joaquim Barbosa proferiu o terceiro voto contra a candidatura de Joaquim Roriz ao governo do Distrito Federal. Ao acompanhar o relator, é o terceiro a proferir voto a favor da validação da Lei da Ficha Limpa ainda este ano.

Para o ministro, os dispositivos na lei em debate neste recurso não chegam a interferir no processo eleitoral, que se inicia no momento dos registros de candidaturas.

— As normas não beneficiam este ou aquele partido ou candidato — frisou o ministro. — A própria democracia se vê diminuída e deslegitimada quando cidadãos ímprobos se tornam representantes do povo.

Roriz foi considerado inelegível pela Justiça Eleitoral por ter renunciado ao mandato de senador, em 2007, para escapar de processo disciplinar que poderia cassar seu mandato e seus direitos políticos. O então senador havia sido flagrado em conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal (PF) supostamente negociando a partilha de dinheiro de propina.

Até então, quatro dos 10 ministros em exercício votaram no caso, com placar de 3 a 1 a favor da validação da lei ainda nesta eleições.

Antes de Barbosa, O ministro-relator, Carlos Ayres Britto, votou na quarta pela validade da lei ainda este ano. Ou seja, posicionou-se pela impugnação da candidatura de Joaquim Roriz. Antonio Dias Toffoli, apesar de ser favorável à lei, defendeu que ela vigore somente nas próximas eleições. Cármen Lúcia acompanhou Ayres Britto, votando a favor da Ficha Limpa.

Pedido de vista

O julgamento foi retomado nesta quinta após pedido de vista de Toffoli, que interrompeu o julgamento no fim da tarde de quarta-feira. A discussão que se instalou no plenário, trazida pelo presidente da Corte, Cezar Peluso, foi a respeito de alterações no tempo verbal do texto da Lei da Ficha Limpa votada pelo Senado, que não passou pelo aval da Câmara dos Deputados antes de ir à sanção presidencial.

COM INFORMAÇÕES DE AGÊNCIA ESTADO E STF
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