Eleições | 22/09/2010 16h00min
Os advogados de defesa de Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo do Distrito Federal que teve o registro negado com base na Lei da Ficha Limpa, afirmaram, há pouco, que a norma cria insegurança jurídica para quem concorre ao pleito.
Eles foram os primeiros a fazer a sustentação oral no julgamento sobre a aplicação da lei, que está sendo realizado nesta tarde no Supremo Tribunal Federal (STF):
— A interpretação do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] criou grande insegurança jurídica. Hoje, a duas semanas das eleições, não se sabe quem é ou não candidato — disse Eládio Carneiro, advogado da coligação de Roriz.
O advogado referiu-se a duas consultas respondidas pelo TSE, que entendeu que a lei vale para essas eleições e que se aplica a casos anteriores a sua edição.
O advogado Pedro Gordilho, que também representa Roriz, não se colocou contra a Lei da Ficha Limpa, mas sim contra o fato de ela produzir efeitos já neste ano e de atingir fatos anteriores à sua edição.
— Renúncia é ato jurídico perfeito, e não seria praticada se o autor pudesse imaginar que tribunais iriam atuar retroativamente neste assunto — disse Gordilho, referindo-se ao fato de Roriz ter renunciado ao mandato de senador para escapar de um possível processo de cassação em 2007.
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