Terminada a humilhante derrota sofrida pelo Palmeiras contra o Coritiba, nesta quinta-feira, por 6 a 0, o técnico Luiz Felipe Scolari tinha uma certeza: esse foi, de longe, o pior jogo do Verdão desde o seu retorno ao Brasil. Com o resultado, só um milagre classifica o Verdão à semifinal da Copa do Brasil. Para o jogo de volta, próxima quarta-feira, no Pacaembu, só uma vitória por sete gols de diferença garante a vaga. Outro 6 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

Aparentemente calmo, Felipão não acha que tenha faltado motivação ao time do Palmeiras na partida. Para ele, a goleada foi mais mérito do Coxa do que displicência dos jogadores do Verdão.

– Foi o pior jogo. A postura do time foi idêntica, eles estavam motivados, não teve nada de diferente de outros jogos. O diferencial foi o time deles, que deu um show de bola. Mostrou que é bem melhor, fez 6 a 0. Se temos algo de diferente, tínhamos de fazer algo hoje, e não fizemos – declarou o treinador.

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Como é de costume nas derrotas, o goleiro Marcos deu declarações polêmicas na saída do gramado. Descontente em ser vazado seis vezes, admitiu que já é hora de deixar o futebol, além de classificar a derrota como uma mancha na carreira dos atletas mais jovens. O treinador alviverde, no entanto, minimizou as declaração do camisa 12.

– Ele é goleiro profissional. Tem se dedicado, feito esforço para jogar. Foi se recuperando, e aconteceu de jogar em um jogo que o time não foi bem. Fez o seu melhor, teve atuação normal, não tem isso de manchar. Recebe, trabalha, vai jogar normalmente até o dia que acharem que não tem a condição física de jogar – afirmou Felipão.

– Não tem que cobrar jogador mais jovem ou mais velho. Todos perdemos. É momento de botar os pés no chão e dizer: eles foram bem melhores. Temos de reconhecer, valorizar nosso grupo que fez um trabalho bom até hoje, e foi mal. Essa é minha função, das pessoas que trabalham comigo, tem que entender que aconteceu e agora é outro procedimento para recuperarmos nossa autoestima, do nosso torcedor, que temos boa equipe. É uma coisa que acontece uma em mil, mas agora é assimilar – completou o treinador.