Ex-secretário da Fazenda do Estado, o economista Aod Cunha de Moraes Junior é o nome mais forte para um projeto ambicioso da nova direção: assumindo como gerente executivo remunerado em 2011. Licenciado como funcionário da Secretaria da Fazenda e como professor de economia da PUCRS, Aod diz que as conversas com a nova direção ainda não chegaram nem “à reta final”. Mas avisa: quem assumir precisará de autonomia.

ZH – Como seria assumir a gestão executiva do Inter?

Aod – Seria explorar novos mercados, aumentar a receita e controlar melhor os gastos. Por que não recrutar como nas empresas, com trainees? O Manchester, o Barcelona, modernizaram a gestão e aumentaram orçamentos. Ofereceram um futebol melhor.

ZH – Mas em empresas comuns não há a cobrança.

Aod – O grande desafio é a mudança de cultura. Talvez seja uma explicação de por que os clubes no Brasil não avançaram.

ZH – Isso é urgente?

Aod – É urgente. Os times serão obrigados a isso porque a renda do país está aumentando, a televisão paga melhor, as oportunidades de marketing são maiores.

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