| 06/12/2010 08h10min
Ganhou o melhor. Não o melhor do mês, da rodada, deste ou daquele técnico, o melhor da semana ou do semestre.
O Fluminense foi o melhor durante o ano, e por isso é o justo campeão brasileiro do ano de 2010.
O Grêmio foi o melhor em um punhado de meses.
O Inter foi melhor só em tese, no papel, preocupado com a Libertadores.
É preciso reconhecer, sem bairrismos: a dupla Gre-Nal não mereceu o título.
À certa altura, em outubro, momento decisivo do campeonato, o Fluminense teve meio time no departamento médico: Fred, Emerson, Marquinhos, Gum, Washington, Deco. E outros mais.
Nem assim tombou, mantendo contato com a ponta de cima da tabela. Se não tivesse perdido Fred quase o Brasileirão inteiro, ganharia de lavada e por antecipação.
Muricy Ramalho é também o campeão da dignidade. Empenhou a palavra nas Laranjeiras e não abriu mão dela nem quando lhe ofereceram o vistoso e milionário cargo de técnico da Seleção Brasileira.
Ao Inter e ao Grêmio resta o aprendizado.
Ao Grêmio: não dá para fazer fiasco no primeiro turno e depois sonhar com milagre no returno, mesmo com Renato Portaluppi no papel de santo.
Ao Inter: para ser campeão, tem que jogar a valer desde a primeira rodada. Do contrário, vai ficar sempre encontrando desculpas.
É hora de aprender com os próprios erros.
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