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 | 22/11/2010 08h12min

Duda Kroeff: Torcer pelo Inter foi estranho, mas deu resultado

Presidente do Grêmio acompanhou jogo em que o time recebeu ajuda do co-irmão

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

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Luciana, a mulher do presidente do Grêmio Duda Kroeff, teve de caminhar sozinha na tarde nublada de domingo. Em casa, acomodado em frente à televisão, seu marido cumpria o inusitado compromisso torcer pelo Inter na partida de ontem, contra o Botafogo. Filho do ex-patrono Fernando Kroeff, jamais havia passado por isso em seus 55 anos de vida.

– Torci, sim. Foi uma sensação meio estranha, mas deu resultado – admite Duda, festejando o resultado que manteve o Grêmio no G-4 do Brasileirão e na privilegiada condição de decidir sua sorte em casa, dia 5 de dezembro, contra o próprio Botafogo. Depois, será preciso torcer para que um brasileiro não ganhe a Sul-Americana e ocupe a última vaga reservada ao país pela Conmebol.

>> Vitória do Cruzeiro impossibilita G-3 do Grêmio

Na véspera, no Olímpico, o Grêmio havia vencido o Atético-PR, outro inimigo direto, por 3 a 1 e ingressado no grupo dos quatro melhores. Só que dormir no G-4 não bastaria. Era preciso que o rival segurasse o adversário no Engenhão. Se vencesse, o Botafogo seria o quarto colocado. Duda tinha certeza de que o Inter não completaria o oitavo jogo sem ganhar.

– Achei que eles venceriam. Tinha essa esperança. Os jogadores sabem que a vida de suas famílias depende do sucesso em campo – afirma Duda.

Ele garante que o Grêmio também havia tentado derrotar o Flamengo na última rodada do Brasileirão do ano passado, resultado que daria ao Inter o quarto título brasileiro. Depois de largar na frente, o time permitiu a virada no segundo tempo.

– Não tivemos forças, aquele Flamengo era bem melhor do que o Botafogo – entende Duda.

Jonas não assistiu ao jogo. Em Campinas, ao lado da namorada, aproveitava a folga, que se estende até amanhã. Informado por Zero Hora do resultado, disse que o placar do Engenhão em nada alteraria a vida do Grêmio. Ainda assim, elogiou o Inter, “que teve a dignidade de um grande clube”.

– Não existe essa coisa de entrar para perder. Quem iria querer contratar um jogador que tem esse tipo de comportamento? É o nome do jogador que está em jogo. No ano passado, também atuamos para vencer – assegura o goleador do Brasileirão, que irá julgamento sexta-feira por sua expulsão contra o Santos, na Vila Belmiro.

Autor do primeiro gol contra o Atlético-PR, o zagueiro Neuton também deu pouca importância a Inter e Botafogo. Passou a tarde de domingo em Cachoeirinha, na casa da namorada, Ana Paula. À noite, foi à Rodoviária buscar a mãe, Ivete, que chegava de Erechim.

– Qualquer ajuda é bem-vinda. Mas, se fizermos nossa parte, não dependemos de ninguém – diz.

 

ZERO HORA
 

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