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Marcelo Cordeiro deve entrar em campo pelo Botafogo para jogar contra o Inter no próximo domingo, às 17h, no Engenhão. Após um ano defendendo a equipe, na qual conquistou o Campeonato Gaúcho e foi vice-campeão do Brasileiro e da Copa do Brasil, o jogador não esconde a ansiedade em atuar pela primeira vez contra o ex-clube. 

– Sem dúvida, é uma motivação a mais enfrentar o Inter. Mas nós estamos disputando ainda uma vaga para a Libertadores, o que é a nossa meta.

Como não tem mais chances no nacional, Celso Roth deve utilizar apenas Sobis dos chamados titulares. Tinga pode até jogar, mas como vem de lesão, dificilmente teria condições de atuar durante toda a partida. Mesmo não utilizando força máxima, Cordeiro prevê muitas dificuldades na partida.

– Pode até ser mais complicado. Se jogassem os titulares, eles poderiam se poupar com medo de sofrerem uma lesão. O pessoal que entrar quer garantir uma vaga no Mundial.

Cordeiro relembrou o episódio da última rodada do Brasileiro de 2009. Na ocasião, o Inter precisava vencer o Santo André no Beira-Rio e torcer para o Grêmio derrotar o Flamengo em pleno Maracanã. Para o atleta, a atitude Tricolor teve influência no resultado do torneio.

– Eu sei que a a rivalidade no Sul é muito grande. O que o Grêmio fez no ano passado praticamente definiu o campeonato. Eles usaram o time de reservas e a torcida pedia para perderem. Eles saíram na frente, levaram a virada e não foram mais para cima.

Embora acredite que tenha faltado empenho ao Grêmio, o atleta rechaça qualquer possibilidade em uma suposta “entregada” para atrapalhar o caminho do time de Renato Portaluppi. Segundo ele, o problema poderia ocorrer por causa da falta de entrosamento do time que entrará em campo.

– Na parte do Inter, acho que isso não existirá.  A diretoria é muito séria. Sei do caráter deles e do grupo. Os jogadores querem garantir um lugar. O que pode atrapalhar é o ritmo de jogo.

Com contrato até o fim de dezembro com a equipe carioca, Cordeiro admitiu que não houve conversas sobre o seu futuro, até pelo momento dos dois times - o Botafogo busca ficar entre os quatro primeiros do Brasileiro e o Inter quer o bicampeonato mundial.

Por ter ajudado o time na conquista da vaga para a Libertadores que culminou com o segundo título continental colorado, o lateral-esquerdo revelou que gostaria de ter permanecido no Beira-Rio. E declarou que mantém contato com os ex-companheiros.

– Fica uma pontinha de frustração. Fiz parte deste grupo e agora não estou presente. Ainda mantenho contato com o Bolívar, o Glaydson, o Giuliano. Só fiquei um ano. Porém, fiz uma amizade muito grande com o pessoal. Mas estou feliz no Botafogo.