| 19/10/2010 18h18min
Renato é gremista, todo mundo sabe. Em 1987, ele recebeu uma ligação do Inter quando deixava o Grêmio para ir para o Flamengo, e disse que não tinha interesse em defender o rival. Hoje, como técnico, ele mantém a mesma opinião. Nunca treinaria o Colorado. Um dos maiores ídolos da torcida tricolor está prestes a comandar o time em seu primeiro Gre-Nal como treinador. Será no próximo domingo, no Olímpico, pelo Brasileirão.
– Sou gremista, nunca escondi de ninguém, meu coração é azul. Não treinaria o Inter e faço isso por respeito à torcida do Grêmio. Nada contra o Inter, grande clube, de grande torcida, mas eu sou gremista. Eles não me aceitariam lá e nem eu me sentiria bem lá. Quando fui embora do Grêmio em 87 e fui para o Flamengo, alguém do Inter me ligou e eu disse que não – afirmou.
Renato é o responsável pelo maior título da história do clube, o Mundial, em 1983. Ele fez os dois gols na vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo, em Tóquio. O de desempate foi marcado na prorrogação. Para o técnico, o Gre-Nal que ele guarda na memória como o mais marcante foi o de 1984, um amistoso. O jogo foi marcado depois da conquista mundial do Grêmio e do título regional conquistado pelo Inter.
– O Mauro Galvão disse que o mundo era azul, mas o Rio Grande do Sul era vermelho, aí marcaram esse amistoso e o Grêmio ganhou. Esse foi o que mais me marcou – disse.
O amistoso, aliás, foi um pedido de Renato ao então presidente Fábio Koff, na época. Foi realizado no Olímpico, e terminou com o placar de 4 a 2 para o Grêmio, com gols de Renato, Osvaldo, Caio e Paulo César. No final da partida, os colorados entregaram as faixas de campeão mundial ao Tricolor.
Frio na barriga
Como técnico, Renato trata o clássico de uma maneira diferente de quando era jogador. Tem mais cautela para falar do rival e diz que é mais um jogo para ir em busca dos três pontos.
– Uma coisa é entrar em campo, outra é estar fora. Muitas vezes eu falava coisas nas entrevistas para encher estádio, o bom é se apresentar em estádio cheio. Hoje em dia não tem mais isso, estou fora das quatro linhas, procuro fazer meu trabalho e fazer com que o Grêmio busque mais três pontos – comentou ele em entrevista nesta terça.
No último domingo, no entanto, logo depois da vitória sobre o Cruzeiro, Renato admitiu que pelo menos um frio na barriga vai sentir na beira do campo, comandando o time do coração.
– Vai dar aquela dorzinha na barriga, na verdade. Mas os dois estão bem na tabela e vai ser um grande jogo, com a rivalidade por parte da torcida – destacou.
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