| 18/10/2010 16h06min
O confronto entre Grêmio e Inter, no próximo domingo, será a disputa de número 383 da história dos Gre-Nais. A campanha dos times no Campeonato Brasileiro tende a não interferir no desempenho das equipes, afinal o confronto é visto como um dos clássicos mais surpreendentes do país. Durante a semana que antecede a partida, os colunistas da Zero Hora contarão a sua opinião sobre quem deve ser o favorito para a próxima partida.
Segundo Diogo Olivier, para esta disputa está fácil apontar o favorito: Grêmio.
— O contexto é todo gremista. O aproveitamento do Grêmio com Renato é de quase 80%, o do Inter, no segundo turno, não chega a 55%. O Grêmio tem o goleador do campeonato, Jonas, o Inter sofre com problemas ofensivos. O Grêmio tem um goleiro de Seleção em ótima fase, o Inter questiona Renan, que alterna boas defesas e falhas. O Grêmio come e dorme pensando no Brasileirão, o Inter com a viagem a Abu Dhabi, o que é compreensível e até correto, a meu juízo. Até na política o momento é do Grêmio. Paulo Odone se elegeu presidente com 80% dos votos no Conselho e apoio maciço da torcida. No Inter, a situação rachou e a oposição já lançou candidato. No Grêmio, as obras da Arena começaram. No Inter, a Fifa exige garantias e ameaça o futuro Beira-Rio reformado como estádio da Copa — afirma.
O colunista reforça apenas, que nem sempre o favorito é quem ganha a partida.
— O Grêmio vai ganhar por ser favorito? Bem, aí é outra história. Nem sempre ganha o favorito, ainda mais em clássico e contra um time de jogadores experientes e acostumado a se superar, como é este Inter campeão da Libertadores. Mas é o favoritismo é totalmente do Grêmio — conclui.
Olivier aposta também no favoritismo dos jogadores. Ele lembra que clássico é momento do jogador diferenciado do meio para frente. Para ele, neste Gre-Nal, há dois nesta condição: Jonas e D'Alessandro.
— O argentino costuma ir muito bem em Gre-Nais. Para Jonas falta lapidar a fase fantástica com uma partida que seja lembrada como ''o Gre-Nal do Jonas". Será também um Gre-Nal de goleiros. Victor é seleção e milagreiro, mas precisa arrasar em um Gre-Nal decisivo para acabar com qualquer chance de contestação. E Renan pode dar a volta por cima fechando o gol em um Gre-Nal — comenta.
Já para o colunista Mário Marcos, não há favoritismo em Gre-Nais.
— Uma das lições que aprendi em 40 anos de esporte, fazendo cobertura e acompanhando dezenas de clássicos, é que a afirmação de que nunca há favorito no Gre-Nal não é mera retórica. É fato. Por algum fenômeno, certamente motivado pela pressão da rivalidade, o início do Gre-Nal tem o poder de igualar os rivais. Vi ao longo destas quatro décadas o time inferior superar o favorito da ocasião, nos dois lados, apenas por lidar melhor com este peso psicológico. Faz parte do imaginário do Gre-Nal, e talvez isso seja mesmo um dos fatores para o fascínio que o clássico exerce sobre as torcidas.
Diogo Olivier (E) destaca melhor momento do Gremio, enquanto Mário Marcos diz que não há favoritos
Foto:
Montagem sobre fotos de Júlio Cordeiro
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