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Mauri
Fonseca Tóquio,
1964
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Mauri
Fonseca tinha 23 anos em 1964, quando foi convocado
pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
(CBDA) para representar, junto com outros três atletas,
a natação brasileira na Olimpíada de Tóquio.
Apesar do orgulho, suas recordações não têm o glamour
nem o conforto dispensado aos atletas que se preparam
para os Jogos de Sydney. Um mês antes da viagem
para o Japão, Mauri iniciou a preparação física
no Forte da Urca, no Rio. O nadador dormia em alojamentos
com os soldados, não havia comida com dieta balanceada
e nem mesmo um técnico acompanhando os treinamentos.
No mesmo local, estava a Seleção Brasileira de futebol.
Nas horas em que não treinava para as provas dos
100m livre e do revezamento 4 x 100m medley, jogava
como ponta-esquerda da Seleção. Só não fez parte
do time, na época uma equipe amadora, por estar
comprometido com a natação, sua grande paixão.
Com apenas US$ 160 no bolso, o porto-alegrense Mauri
chegou a Tóquio. Não se classificou para nenhuma
final e passou muito longe do quadro de medalhas.
Mas guardou o sentimento de vitória diante de tantas
dificuldades.
- Nós sentíamos uma grande honra quando colocávamos
um abrigo da CBDA. Não acredito que esse pessoal
de hoje sinta realmente o mesmo carinho - compara.
Campeão brasileiro e sul-americano de natação, Mauri
é agora professor de natação em Porto Alegre. Treinou
o gaúcho Sérgio Pinto Ribeiro, que participou das
olimpíadas de 1976, em Montreal, e de 1980, em Moscou.
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