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o longo de seus 30 anos, além de agregar conteúdo editorial segmentado sobre os diferentes temas que fazem parte do cotidiano do catarinense, desde as notícias diárias às análises do comportamento e da cultura, o DC também fez o movimento inverso: extrapolou as páginas do papel e do site para pautar o mercado, com eventos e iniciativas multiplataformas que uniram e ainda unem o conteúdo à agenda, promovendo uma série de eventos que são na verdade o encontro entre investidores, público leitor e jornal. Conheça abaixo as iniciativas inovadoras que fizeram a ponte entre o DC, os investidores e o público.
UM JORNAL
ALÉM DAS
PÁGINAS
BRANDED CONTENT
DREAM VALLEY
DONNA FASHION
DC NA SALA DE AULA
PLANETA ATLÂNTIDA
TOP OF MIND
PARA SEU FILHO LER
FLORIPA TEM
MOSTRA CASA&CIA
VIVER SC
SHOWS INTERNACIONAIS
MUITOS DIÁRIOS EM UM SÓ
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tarefa do Diário Catarinense não é apenas a de, todos os dias, levar ao leitor a melhor e mais completa informação sobre os fatos que impactam direta ou indiretamente em seu cotidiano, da rua em que mora aos acontecimentos globais. À parte esta missão, o jornal tem também o compromisso de evoluir junto com a história e de estar conectado ao tempo presente, não sem olhar para o futuro. O denominador comum entre processos, técnicas, notícias, lugares e pessoas é o fato de estarem todos sujeitos a mudar. A busca pela inovação faz parte da história do DC – um jornal que, desde sua primeira edição, chega ao leitor com a missão de ser o mais atual possível, da informação que traz na capa ao momento histórico em que se insere.
Em 1985, começa o processo de implantação do Diário Catarinense, com sede principal em Florianópolis e braços em mais de 20 localidades, deixando claro, desde o princípio, o compromisso do jornal em ser um veículo de abrangência e alcance estadual.
Último grande projeto idealizado pelo fundador do Grupo RBS, Maurício Sirotsky Sobrinho, o jornal recebe estrutura que inclui um parque gráfico completo e impressora rotativa, instalada na região continental do município e com capacidade para imprimir 30 mil jornais por hora. Processos informatizados como o uso de terminais de vídeo, equipamento na época presente apenas nos maiores jornais do mundo, fazem do DC o mais moderno da América Latina. Outro destaque são as fotografias em cores, presentes na capa e contracapa desde a primeira edição.
Entre os meses de fevereiro e abril, com todos os equipamentos montados e os colaboradores reunidos, foram feitas mais de 40 edições piloto do DC. O processo de planejamento e execução dos testes permitiu que várias etapas fossem aprimoradas, desde a apuração dos fatos à entrega do jornal.
Inauguração da gráfica rotativa em Florianópolis, em 1986: tecnologia de ponta entre os jornais brasileiros
Rene Cabrales, bd, 5/5/1986
Ao longo da década de 1990, o DC se consolida definitivamente como o principal veículo impresso de Santa Catarina, crescendo ano a ano em leitura e circulação. A falta de concorrentes diretos não impede que o jornal permaneça em constante evolução, buscando sempre o aperfeiçoamento e a melhoria do produto final.
Em termos editorais, os conteúdos que extrapolam o noticiário padrão passam a ganhar cadernos especiais, a maioria com circulação semanal. É o caso da Revista Bella, suplemento voltado a pautas de comportamento e estilo de vida, e que em 2003 se transforma no projeto Donna. O objetivo da segmentação dos temas é cativar as diferentes preferências dos leitores.
Os investimentos em tecnologia e a inovação também são uma constante em toda a trajetória do DC. Uma década depois de sua primeira edição impressa, o DC lança a primeira versão de seu portal online, em 1996. O diariocatarinense.com.br surge inicialmente atrelado à produção do jornal papel, com a transposição das reportagens para o meio digital.
EVOLUÇÃO DA MARCA
1986
1991
2009
2015
Glaicon Covre, BD, 27/4/2007
Em 30 anos, o DC passou por diversas mudanças para acompanhar a evolução da tecnologia e da sociedade
Com o avanço das novas mídias na oferta e no acesso à informação – tendência global que também alcança o Brasil, ganhando força total no final dos anos 2000 –, o diariocatarinense.com.br se torna cada vez mais importante como interface entre o impresso e os meios digitais.
No começo da utilização da ferramenta online, as reportagens produzidas para o papel são replicadas no portal de maneira idêntica. Com o aperfeiçoamento das linhas de produção, porém, o site passa a desenvolver estratégias inteiramente voltadas para o meio digital, sendo hoje um veículo com equipe própria e planejamento estratégico independente do meio impresso.
Além disso, as ferramentas digitais e as mídias sociais têm permitido uma interação cada vez mais direta e constante com o público, o que torna a marca DC ainda mais presente, e de maneira imediata, no cotidiano do leitor.
leo munhoz
Atual redação consolida os formatos impresso e digital em um espaço integrado e colaborativo
A voz dO leitor
O
Diário Catarinense é continuamente construído sobre os alicerces da credibilidade, da relevância, do compromisso com a comunicação de qualidade – e quem melhor sabe disso são os leitores do jornal. Nas páginas a seguir, abrimos o espaço para eles: para que nos relembrem, mais uma vez, dos motivos pelos quais, há 30 anos, fazemos jornalismo em Santa Catarina.
Alvarelio Kurossu
Elza Galdino,
63 anos, advogada e ex-integrante do Conselho do Leitor
Silvio Valério,
62 anos, empresário e assinante há 30 anos
Sergio Luiz Valerio,
61 anos, dentista e assinante há 30 anos
Claudio Cabral Uchoa Rezende,
56 anos, advogado e empresário
ASSISTA À ÍNTEGRA DO DEPOIMENTO
contadores de histórias
E
m uma redação, colunistas, editores, repórteres e fotógrafos dão sentido aos acontecimentos por meio de textos e imagens. Diariamente, executam processos voltados para explicar ao leitor as diferentes visões sobre o mesmo tema. Em três décadas, profissionais como Cacau Menezes, Ângela Bastos e Romí de Liz passaram pelas diferentes áreas do DC sempre em busca de boas histórias. É o espírito inquieto de tantos jornalistas representado na essência deste trio.
Cacau Menezes é uma instituição catarinense. E há 30 anos faz companhia aos conterrâneos através das páginas do DC. É o único jornalista presente desde a primeira edição do jornal. Sem falta. Só de férias. Quando a família Sirotsky decidiu instalar um impresso no Estado, seu nome já estava em ascensão. Era figura presente nas colunas de Beto Stodieck, organizava festivais de skate na Joaquina e circulava pela Dizzy e Chandon, redutos boêmios dos anos 1980 na Capital.
– Eu nunca estudei jornalismo, mas eu tenho o dom. Lembro que com três ou quatro anos de idade, a gente morava onde eram as oficinas do jornal A Verdade, na Conselheiro Mafra (Centro de Florianópolis). Eu dormia com o barulho das máquinas – relembra, aos 61 anos, mais emotivo do que nunca.
A inspiração veio de lendas do colunismo como Zózimo Barroso do Amaral.
– Eu já sabia o que era agradar com duas linhas, ter um certo veneno, uma certa malícia.
Este caldeirão só foi ganhando mais tempero no decorrer dos anos. Notas bombásticas, fotos exclusivas, milionários, novos ricos, surfistas, gatas de praia, artistas, amigos e inimigos. Se é bom, publica-se. Santa Catarina exposta de uma forma divertida, leve, irônica.
– Eu escolho os meus personagens, não abro mão. Tem caras que não têm dinheiro, quando os coloco, tem gente que reclama, como reclamam quando coloco alguém com um carrão. Tem gente que reclama quando eu coloco mulher bonita. São jovens bonitas, estão aí pra brilhar. E eu sei onde está a beleza – sentencia, com a certeza de que já transformou o café da manhã de muita gente nestas três décadas. Do Oeste ao Litoral, do Vale do Itajaí ao Norte.
Uma coluna diária é feita de muito trabalho. E, principalmente, muita circulação. É o olho do titular que engorda páginas e páginas. Nos dias de hoje, também sites e redes sociais. Cacau já entrevistou figurões da música, da política e do futebol. Viu de perto acontecimentos importantes para o Estado, o país e o mundo. Copas do Mundo foram oito. O esporte predileto dos brasileiros, inclusive, sempre permeou suas tiradas, suas investidas jornalísticas:
– Quando eu era pequeno fui narrador de futebol, com oito anos fui mascote do Avaí e acompanhava o time pelo interior. Com 13 fui o locutor mais jovem do país, apaixonado pelo Botafogo, jogava muito bem futebol, até fraturar o meu pé. O futebol me ensinou a ser homem.
E o que é uma boa coluna, Cacau?
Felipe Carneiro
– Ela tem que ter sempre, no mínimo, duas notícias exclusivas e duas polêmicas. Não é fácil fazer todo dia uma coluna boa numa cidade como Floripa que nem sempre rende boas notícias. Muitas vezes já perdi compromissos para ficar mais tempo fazendo uma coluna melhor – relembra a rotina, incluindo o quadro também diário no Jornal do Almoço e os compromissos pessoais.
Nestes 30 anos, muita coisa mudou, os leitores mudaram. A internet o aproximou de seus seguidores. São cerca de 600 e-mails na caixa de entrada todos os dias. Para ele, tem muito jornalista que é bom e nem sabe que é jornalista, às vezes é dono de um açougue ou um taxista. Mas uma coisa não mudou: Cacau é leitura obrigatória.
– Amado e odiado, porém não ignorado – resume, em tom de brincadeira.
ASSISTA À entrevista com CACAU MENEZES
charles guerra
Ângela Bastos carrega em si a essência do jornalismo. Do jornalismo que visualiza boas histórias em situações do dia a dia. Há 21 anos chegou ao Diário Catarinense e hoje é a repórter mais antiga em atuação na redação. É repórter especial. Desbravou Santa Catarina e pisou em cada um dos seus 295 municípios. Nunca se imaginou em outra profissão. Quem a conhece também não. Ainda criança iniciou na carreira em Rio Grande, sua terra natal cravada quase no finalzinho do litoral do Rio Grande do Sul.
– Eu escrevia muitas cartinhas. Tinha uns tios que moravam no Rio de Janeiro e escrevia contando coisas da vida. Dei o meu primeiro furo jornalístico aos sete anos quando contei que meu irmão mais velho ia se casar e a esposa estava grávida. Meu tio respondeu que pelo jeito eu seria jornalista – rememora.
Quando estava na faculdade aprendendo o que era lead conquistou uma vaga de correspondente de Zero Hora. À noite estudava a teoria e, durante o dia, a colocava em prática. Se mudou para Porto Alegre, mas logo recebeu um convite para morar em Florianópolis.
– Comecei do zero, conhecia a cidade só de finais de semana e nada do interior. Quando cheguei ao DC “ele” era um menino de oito anos, estava ainda em formação, era uma criança cheia de sonhos; passei pela adolescência do jornal, aquele período da audácia, dos desafios até atingir a juventude querendo conhecer tudo, se colocar, se aprofundar; e agora virou balzaquiano – filosofa.
Ângela é uma repórter de gente, como ela mesma define. Os direitos humanos sempre estiveram em seu radar. Ela garante que não sai na rua atrás das pautas. As pautas se apresentam. Sabemos que não é bem assim. É preciso talento para capturá-las no ar.
– Recentemente, estava indo para um plantão de domingo e, sentada num banco no Ticen (terminal de ônibus), escutei um barulhinho de bengalas. Era um casal, dois jovens caminhando, e vi que eram cegos. Estavam alegres, afetuosos. Fiquei pensando sobre como um cego se apaixona, porque a gente se interessa normalmente pelo primeiro olhar, depois nos apaixonamos pelos valores, pela personalidade. Como eles se envolvem? Aí nasceu a pauta. Poderia ter ouvido o barulho e deixado passar – comenta sobre a reportagem multimídia O Amor é Cego.
Reconhecimento não falta na estante de Ângela. No ano passado, conquistou o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria internet, com a reportagem multimídia As Quatro Estações de Iracema e Dirceu. A partir de vídeos, fotos, textos e infográficos, o especial contou a história dos agricultores Iracema e Dirceu Canofre de Campos e seus 14 filhos que vivem em situação de miséria. Ao lado do fotógrafo Charles Guerra passou mais de dois anos acompanhando a família. Mais uma pauta nascida a partir dos números. Ela gosta de mostrar a cara destes dados:
– (A pauta) veio de uma promessa do Governo de erradicar a miséria e dos números de que no Estado existiam 103 mil pessoas vivendo em condições de extrema miséria. Onde estavam? Quem eram? Onde viviam? – comenta sobre o empenho em encontrar os personagens no Planalto Norte catarinense. Para relatar tantos acontecimentos, escolheram as quatro estações como uma espécie de linha do tempo. Poético e arrebatador.
E o que define um bom repórter?
– Tem que saber contar uma história. É trazer para o texto aquele cheiro que sente quando está entrevistando a pessoa, tem que dizer que a senhorinha estava fazendo café ou o cheiro da maresia enquanto fala com o pescador. Hoje a gente trabalha muito com vídeo, mas há pouco tempo o leitor tinha só o jornal, ele tem que se deparar com o contexto que o repórter encontrou, o aroma, o fogão à lenha. Às vezes o silêncio fala mais, e como fala – finaliza, com os olhos cheios de emoção e felicidade, como suas reportagens, como os sambas que são a trilha sonora de sua vida.
ASSISTA À entrevista com ÂNGELA BASTOS
Poucos profissionais carregam no currículo tantas funções exercidas dentro de uma redação quanto Romí de Liz. Dos 26 anos vividos intensamente no Diário Catarinense, a jornalista passou 22 deles diante de reuniões de pauta, textos, notas, páginas, títulos, fotos e tudo o que cerca este ambiente.
– Minha inquietude e curiosidade, aliadas ao desejo de fazer mais, conduziram minha trajetória – resume a rio-sulense, hoje coordenadora de comunicação da RBS em Santa Catarina.
Esta trajetória é, no mínimo, curiosa. Romí foi secretária de fotografia, assistente de roteiro do caderno Variedades, revisora de páginas, repórter de praticamente todas as editorias, editora de capa, plantão, política, projetos especiais e da revista Donna – nesta, acompanhou as principais mudanças no produto em seus primeiros 10 anos de existência. Trabalhou com praticamente todos os editores-chefes que comandaram o DC.
O que os novatos – ou as focas, como são chamados os iniciantes – não imaginam é como se fazia um jornal nos nem tão longínquos anos 1990.
– A produção era mais lenta e trabalhosa. Embora o DC fosse o mais moderno, as matérias eram escritas em terminais com uma luz verde intermitente, estilo Matrix. Para sanar as dúvidas, nada de Google, recorria-se ao Guia Abril daquele e de outros anos. A certeza de que a foto ficou boa, só vinha após a revelação do filme. As fotos coloridas exigiam um processo ainda mais lento. E, quando o material vinha de outra cidade, era necessário ter uma máquina de telefoto para receber quatro lâminas (uma para cada cor) – relembra, aos 47 anos, quase como uma enciclopédia viva dos processos considerados hoje tão distantes de uma redação ultraconectada.
FELIPE CARNEIRO
Com a chegada da internet e das novas tecnologias, o ritmo ficou mais acelerado, algumas etapas foram eliminadas e outras demandas surgiram. Assim como novos públicos foram incorporados e as produções passaram a ser multimídia.
ASSISTA À entrevista com ROMÍ DE LIZ
as faces do ofício
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iderar uma equipe requer o apuro do olhar para entender as qualidades de cada integrante, direcionando habilidades e talentos aos meios apropriados. No jornal, o sucesso do resultado final é inerente à dedicação depositada em cada etapas, inclusive nos detalhes. O atual editor-chefe do DC e dois outros profissionais que marcaram a trajetória do Diário Catarinense contam abaixo suas histórias singulares e reforçam a importância de se gerar conteúdo com qualidade.
domingos aquino,
Editor-chefe do Diário Catarinense
"Você tem em mãos um caderno histórico, prezado leitor. Não só pelas três décadas de bons serviços prestados pelo DC à sociedade catarinense. Mas principalmente porque tivemos a coragem de romper com o tabu de que não somos notícia. Num momento de profundas transformações na indústria jornalística, somos, sim, notícia. E precisamos ter a ousadia e a transparência de compartilhar com nossos públicos as crenças que pavimentam a estrada que nos levará a mais 30 anos de relevância. O propósito deste caderno é analisar o passado e projetar o futuro a partir de três dimensões: o leitor, o mercado publicitário e a marca.
Com um enorme orgulho de ocupar a cadeira de editor-chefe do DC neste momento, quero compartilhar as crenças que alicerçam nosso projeto editorial nas plataformas digital e impressa. Marqueteiramente, dou a estas quatro crenças o nome de “Os 4 Cs do Jornalismo”: conteúdo, curadoria, credibilidade e conexão.
Para ter relevância, o conteúdo não pode se limitar a informar: é preciso interpretar, analisar, refletir, opinar, assumir posição diante de assuntos polêmicos, cobrar e ajudar a transformar nosso Estado num lugar cada vez melhor para se viver. E não é só de hardnews que vive o jornalismo: é necessário abrir cada vez mais espaço para entretenimento, comportamento e serviço que ajude o leitor no seu cotidiano.
Cristiano Estrela
Numa época em que de um lado há abundância e dispersão de conteúdos, e de outro há escassez de horas ao longo do dia para consumir todas estas informações, é fundamental respeitar o tempo do leitor. Temos de fazer a curadoria e a organização daquilo que é absolutamente indispensável para o nosso público.
A credibilidade é o maior ativo do jornalismo de qualidade. É o fosso que separa os profissionais, que têm responsabilidade sobre o que escrevem, dos aventureiros e oportunistas que se denominam como geradores de conteúdo simplesmente porque têm uma rede social para publicar o que bem entendem. Só ocupará um espaço relevante neste século 21 quem der valor à ética, à pluralidade, à transparência, ao contraponto e à responsabilidade editorial.
A conexão com o público, o vínculo com a comunidade e o bom relacionamento com os diferentes segmentos da sociedade fazem parte do DNA do Diário Catarinense. É este compromisso com Santa Catarina acima de tudo que levou o jornal a liderar a mobilização pela duplicação da BR-101 nos anos 90 e a articular, em 2016, uma bandeira em defesa da segurança pública. Somos parceiros das comunidades em que estamos inseridos e não temos vergonha de sermos bairristas na defesa dos interesses catarinenses.
E o desafio citado no título deste artigo? O desafio é o mesmo de cada um dos últimos 30 anos que fizeram a história de sucesso do DC: compreender com agilidade a permanente mudança de demandas e prioridades das diferentes regiões do Estado para que continuemos fazendo o melhor jornal do mundo para os catarinenses, e sendo um indutor do desenvolvimento de Santa Catarina."
Quando Claudio Thomas assumiu o comando da redação, no dia 1º de abril de 1998, o Diário Catarinense era um adolescente, iniciando uma nova fase, algo comum em um organismo tão vivo quanto um jornal.
– A minha primeira preocupação foi sair e conhecer o mercado, conhecer prefeitos, reitores, as demandas das cidades. Quando fui a Chapecó pela primeira vez, por exemplo, conversei com 15 pessoas para ver como elas enxergavam o DC para saber o que precisávamos melhorar – relembra.
Thomas começou a carreira de comunicador no final dos anos 1970, em uma rádio no Rio Grande do Sul. Sua memória mais remota da profissão encontra um menino, não tão bom no futebol, que virou jornalista fazendo notas sobre o esporte para um jornalzinho. Passou ainda pelas redações de Zero Hora e O Pioneiro antes de chegar à capital catarinense.
Com seu trabalho, o DC foi ampliando ainda mais a relevância nas cidades polo do interior.
– O DC nasceu líder de circulação desde o primeiro número. Nossa meta era fazer com que o jornal seguisse presente nos principais acontecimentos destas cidades.
Além disso, com objetivos de quem acabara de assumir esta nave da informação, o editor-chefe estabeleceu o investimento em grandes reportagens. Junto com seus jornalistas, buscavam quatro grandes assuntos para serem trabalhados um por trimestre, além de começar cada ano com uma série de matérias de impacto.
– O jornal não se torna só relevante pela publicação de matérias e, sim, quando ele descobre coisas que podem tornar aquelas regiões diferenciadas no seu mercado. Sempre disse para quem trabalhava no interior: “nós temos que ter aquilo que vai fazer diferença para todas as regiões” – comenta.
Entre os temas nos quais sua turma mergulhou, relatos de quem vivia às margens do Rio Uruguai, na divisa entre SC e RS; histórias de alegria e tristeza num longo percurso por toda a BR-101, do Sul ao Nordeste; e a força de quem criou, muitas vezes na garagem de casa, empresas que são orgulho do Estado.
Mas foi o maior desastre climático de Santa Catarina o ponto mais marcante, mais forte dessa longa jornada. Era 2008 quando os morros do Vale do Itajaí praticamente derreteram após semanas de chuva intensa:
– Na noite daquele sábado, quando tudo aconteceu, eu estava em um casamento. Dali mesmo começamos os contatos. Quem trabalha em uma redação está acostumado com tragédias. Foi a cobertura mais dramática, principalmente quando repórteres e fotógrafos voltavam no final do dia – finaliza, emocionado. Thomas comandou a redação até 2009.
Se tem alguém que acompanhou o Diário Catarinense desde o seu nascimento, esse alguém é Claudio Sá. Depois de atuar durante 13 anos no Grupo RBS no Rio Grande do Sul, ele foi convidado para participar do processo de implantação do DC em Santa Catarina, mudando-se para Florianópolis em 1985, onde se aposentou como Gerente de Operações do jornal em 2013.
– Participei desde as reuniões iniciais de projeto, passando pela implantação e acompanhando ativamente a quase totalidade dos seus trinta anos. Foi o maior desafio e mais amplo aprendizado de minha vida profissional. Meu projeto inicial era ficar três anos em Santa Catarina, mas já se vão mais de três décadas e não pretendo sair desta terra que adotei de coração – relata Sá.
A missão que lhe coube 30 anos atrás não era fácil: o DC tinha o propósito de ser líder em circulação no Estado desde a primeira edição. Para isso, um grupo multidisciplinar com profissionais de diferentes áreas, entre os quais estava Sá, trabalhou durante cerca de um ano antes que a primeira página fosse publicada.
No dia 5 de maio de 1986, o jornal finalmente foi às ruas como o mais moderno da América do Sul em termos de tecnologia. De lá pra cá, passou e continua passando por várias transformações, do layout aos equipamentos da gráfica; dos softwares às ferramentas digitais– tudo isso para ser sempre um jornal de ponta, conectado ao seu tempo.
O PODER DA PALAVRA
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redibilidade, comprometimento e relevância estão entre os termos mais usados para definir alguns dos principais pilares que fazem parte da construção de um veículo de comunicação. Representantes da ACI e ANJ, além da própria RBS, descrevem como o Diário Catarinense, em suas três décadas de atuação no Estado, esteve e permanece em busca do fortalecimento desta tríade.
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