O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, é o nome favorito dos deputados do Campo Majoritário para substituir Tarso Genro na chapa que disputará o Processo de Eleição Direta (PED) do PT no mês que vem.

A troca de Tarso por Dulci será discutida numa reunião na residência do deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA). O encontro foi marcado para a noite desta quarta-feira. Outro objetivo da reunião é aglutinar as forças do Campo que ficaram fragilizadas a partir da crise política.

Inicialmente estava prevista a participação do deputado José Dirceu (PT-SP). Contudo, o próprio deputado preferiu não ir ao encontro. O ex-ministro da Casa Civil tem forte ascedência sobre o grupo, porém não quer ser acusado de articular contra Tarso mais uma vez.

– É melhor evitar mais polêmicas. Todos sabemos que o Tarso errou ao condicionar a presença dele na chapa. Agora precisamos estudar uma solução para o problema – disse o deputado Paulo Rocha (PT-PA), ex-líder do partido na Câmara.

Pelas contas do parlamentar paraense, atualmente o Campo Majoritário é formado por 48 dos 91 deputados que formam a bancada petista na Câmara. Rocha admite que, nas últimas semanas, houve dispersão do grupo.

O nome de Dulci era a primeira opção para substituir José Genoino na presidência do PT. Porém, o ministro não aceitou o convite. Agora, além do nome dele, cogita-se também o do deputado Ricardo Berzoini (SP), que atualmente ocupa a secretaria-geral do PT.
 
Valter Pomar, candidato a presidente do PT na eleição que ocorrerá no dia 18 de setembro, criticou Tarso nesta quarta por ele ter dito na véspera que não tem argumentos para pedir que as pessoas votem no PT ano que vem. Segundo o petista, Tarso também não deveria pedir às pessoas para votarem nele para presidente nacional do partido.

Segundo Pomar, o presidente do PT poderia ter dito ainda que no ano que vem a disputa será entre o PT e as forças de direita.

AGÊNCIA O GLOBO