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O PT está procurando desvincular do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, o pedido de CPI mista que deve ser apresentado nesta terça-feira, 7 de maio, para investigar as acusações contra o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira. Com essa tática, o PT espera conseguir apoio de outros partidos para a investigação.
Um dos vice-líderes do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro (BA), afirmou que "fazer CPI não é dar palanque para a oposição". Foi uma resposta a uma declaração do líder do PSDB no Senado, Geraldo Melo (RN) e o senador José Jorge (PFL-PE).
Segundo Pinheiro, os reflexos negativos no mercado financeiro causados pela divulgação das acusações pela revista Veja mostram a necessidade de se apurar o caso. Pinheiro cobrou coerência por parte do Congresso. Os líderes do PT, João Paulo Cunha (SP), e do PDT, Miro Teixeira (RJ), esperam se reunir nesta terça com o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), a encampar o pedido de CPI. Mesmo com PT e PDT propondo uma CPI restrita e de curta duração – 30 dias prorrogáveis por igual período –, o PFL já avisou que não assina o pedido para a abertura das investigações. Além disso, o PPS é contrário à criação da comissão.
O PPS está apostando no aprofundamento da crise interna do PSDB e PMDB para tentar atrair os insatisfeitos para a candidatura de Ciro Gomes.
Os envolvidos no suposto esquema de cobrança de propina durante o protesto de privatização da companhia Vale do Rio Doce deverão ser ouvidos pela Câmara dos Deputados. Um requerimento convocando o ex-diretor do Banco do Brasil, o empresário Benjamin Steinbruch, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, e o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros foi apresentado nesta segunda-feira à Comissão de Constituição e Justiça. O pedido foi feito pelo líder do PSB na Casa, deputado José Antônio Almeida (MA).
Caso o requerimento seja aprovado, a comissão deverá marcar a data da audiência pública. Isto não afastaria a possibilidade de abertura de uma CPI para investigar o caso. Seria uma CPI mista, com a participação de deputados e senadores, sendo necessárias para sua instalação 171 assinaturas na Câmara e 23 no Senado.
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