| 06/05/2002 07h17min
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, reagiu indignado à reportagem da revista Veja que acusa o economista e arrecadador de recursos para sua campanha ao Senado, Ricardo Sérgio de Oliveira, de cobrar propina no processo de privatização da Vale do Rio Doce. A reportagem ainda menciona uma contribuição de R$ 2 milhões do empresário Carlos Jereissati à campanha de Serra, não declarada à Justiça Eleitoral.
– Estou estarrecido com o tamanho da mentira e da leviandade publicadas nesta matéria, manipulando seus leitores – disse Serra, ao desmentir a suposta doação de Carlos Jereissati em 1994.
Irmão do ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB), Carlos é um dos proprietários da empresa de telefonia Telemar e tido como amigo de Ricardo Sérgio.
– Foram quatro ou cinco prestações, não me lembro exatamente – declarou Carlos.
Nervoso e preocupado com os efeitos da reportagem sobre as pesquisas de intenção de voto, Serra afirmou nesse domingo, dia 5, que “essa história toda é uma maluquice completa, uma plantação eleitoral muito grande”. Na lista do TRE de São Paulo onde estão registradas as contribuições oficiais para Serra à época aparecem apenas três doações do empresário. Nenhuma nesse valor. Conforme os registros do TRE, teriam sido feitas três contribuições a Serra em nome de empresas do grupo La Fonte, pertencente à família de Carlos Jereissati: uma no dia 11 de julho, de R$ 15 mil, outra em 9 de agosto, de R$ 30 mil, e uma terceira em 27 de setembro, de R$ 50 mil.
– A insinuação de que houve doação não registrada para minha campanha, oito anos atrás, é inteiramente maluca. As doações feitas estão registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Qualquer um pode comprovar isso – disse Serra.
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