| 09/12/2005 13h
O presidente do Chile, Ricardo Lagos, despediu-se hoje do Mercosul convencido de que o bloco "é uma marca de futuro inscrita no imaginário político do mundo". O estadista cumprimentou a decisão do bloco de incorporar a Venezuela como membro pleno.
– Todos estamos chamados a ser membros plenos, a não ser que o bloco fique só em uma união aduaneira – considerou o presidente chileno.
Lagos, que em Montevidéu participa pela última vez de uma cúpula semestral do grupo, já que no próximo ano concluirá seu mandato como presidente, questionou o fato de que em algumas ocasiões os Estados que integram o bloco mantenham "uma discussão menor".
– Desde 2000, fui testemunha de um processo às vezes difícil, mas no qual avançamos. O Mercosul é muito mais que um mercado do sul, é visto como um processo real de integração com um peso maior, não pelo que é, mas pelo que o mundo pensa que vai ser – afirmou em seu discurso na cúpula presidencial.
O presidente reivindicou que os problemas devem ser enfrentados no Mercosul "cara a cara" e que se isso não ocorrer "o bloco ficará parado". Apesar dos alertas, declarou-se positivo ao concluir sua fala:
– Parto com o otimismo que cheguei, entendendo que o Mercosul é o mesmo que entender o que tentaram pôr em prática os fundadores de nossas pátrias há 200 anos.
O Mercosul tem como membros plenos Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, e, como associados, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Peru e Venezuela. Caracas inicia nesta cúpula o processo para incorporar-se plenamente ao bloco.
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