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 | 30/11/2005 16h41min

Fecomercio-SP pede maior controle de gastos públicos

Para a federação, PIB mostra que a condução econômica limita o crescimento

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) manifestou hoje sua preocupação com a queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.

Para a Fecomercio, esse resultado mostra que a condução econômica, ao impor juros exagerados e não promover investimentos no setor público, limita de forma incisiva o crescimento do país, mesmo diante de um cenário mundial extremamente favorável.

Para a entidade destaca que o governo terá de rever seu caixa em breve e que os recentes recordes no superávit primário serão irrelevantes, se o setor público não adotar rapidamente um novo modelo de ajuste nas contas. Para a Fecomercio, o atual modelo de controle de custos traz um efeito negativo para a economia do Brasil.

“Enquanto o governo gasta mais de 8% do PIB em juro - e mais de 14% se considerados os juros pagos pelas famílias e pelas empresas – e arrecada o equivalente a mais de 37% das riquezas produzidas no País, os investimentos do setor público não ultrapassam 1,2% do PIB. As incorreções na gestão das contas têm contribuído, ano a ano, para o crescimento ínfimo da economia brasileira” informa a nota distribuída pela entidade.

Segundo Abra Szajman, presidente da Fecomercio-SP, com um novo modelo de gasto, seria possível um novo ciclo de crescimento de longo prazo.

– Outras soluções serão apenas remendos de curto prazo para fazer frente aos problemas de caixa, que, ao final, seriam resolvidos via inflação ou calote da dívida pública – afirma Szajman.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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