| 30/11/2005 15h31min
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho, classificou como um "desastre para o país" a redução de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), registrada de julho a setembro de 2005, na comparação com o segundo trimestre do ano.
A preocupação de Paulinho é com a manutenção do nível de emprego no Brasil.
– Se não tiver imediatamente uma retomada do governo – no sentido de o governo fazer algum gesto para que a gente possa ter esperança – com certeza isso pode se reverter em demissões – afirmou.
Dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam, pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2003, retração do PIB, que representa a soma das riquezas e serviços do país.
As declarações de Paulinho foram feitas após a reunião de hoje com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para discutir políticas de
reajuste do salário mínimo.
As críticas também
constam em nota divulgada hoje pela Força Sindical, onde afirma que a política econômica do govenro Lula é recessiva demais e precisa ser mudada.
"Este resultado ruim para o país decorre dos juros altos e do aumento do superávit primário estrondoso, que impede uma economia voltada para a produção e o emprego. O povo que votou maciçamente neste governo por acreditar que haveria mudanças sociais e econômicas está frustrado. A situação é estarrrecedora", afirma o texto.
Para os sindicalistas, a falta de investimento na infra-estrutura, como rodovias, ferrovias e portos está impedindo o crescimento e castigando o trabalhador.
"Em vez de investir, o governo preferiu pagar os juros da dívida. Como se não bastasse, o governo continua com a fúria arrecadatória sufocando o setor produtivo. Com a política recessiva quem pagará a conta mais uma vez será o trabalhador que terá menos renda e menos emprego. Isto também é resultado da falta de uma agenda positiva e de uma política voltada para o desenvolvimento do país. Estamos vivendo tempos tenebrosos com um governo que se curva ao capital especulativo em detrimento da produção e do emprego", conclui o documento.
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