| 10/08/2003 15h30min
Soldados britânicos dispararam tiros de advertência para o ar na cidade de Basra, no Iraque, neste domingo, dia 10, quando milhares de moradores voltavam pelo segundo dia contra a falta de energia elétrica e combustível, apedrejando veículos e queimando pneus. Veículos blindados britânicos patrulhavam as ruas. Pelo menos dois iraquianos ficaram feridos, aparentemente por tiros, apesar de não estar claro quem disparou.
Os dois feridos estavam em um grupo que jogava pedras em carros em uma das principais vias da cidade enquanto passava pelo local uma patrulha britânica, incluindo um tanque. Jornalistas viram os soldados disparando tiros de advertência para o ar. Um porta-voz militar britânico disse que as tropas estavam equipadas e prontas para lidar com os distúrbios. No sábado, os soldados dispararam para o ar e usaram bastões contra multidões que atearam fogo em um caminhão-tanque do Kwait e em carros com placa kweitiana.
A presença militar na cidade estava maior no domingo em Basra, quando a temperatura chegou a 50 graus centígrados.
– Há uma presença maior para garantir que as pessoas entendam que levamos a segurança muito a sério – disse o porta-voz, major Charlie Mayo.
Os moradores acusam kwaitianos de cumplicidade no contrabando de petróleo iraquiano barato e os britânicos de não terem melhorado os serviços básicos após a queda de Saddam Hussein.
– Não é político. Não temos combustível, eletricidade ou salários – disse o motorista de táxi Fadel Salman.
Em Bagdá, cinco soldados americanos e dez iraquianos, incluindo uma criança de 11 anos, ficaram feridos durante três ataques distintos na cidade e seus arredores, informaram fontes do Exército americano. O primeiro ataque aconteceu na Faculdade de Ciências Islâmicas, no bairro de Bab al-Muazam.
– O Exército americano levava camas e móveis, e uma equipe de televisão da Al Jazeera estava presente para entrevistar um soldado
americano de religião muçulmana, quando uma granada foi
lançada. Dois soldados ficaram feridos – afirmou o tenente-coronel John Kem, da Primeira Divisão blindada.
Além disso, seis trabalhadores iraquianos que transportavam os móveis ficaram feridos. Uma criança de 11 anos, uma estudante e dois funcionários da Al Jazeera também foram atingidos pelos estilhaços.
Neste domingo, dois soldados ficaram feridos na explosão de uma bomba, declarou o sargento Amy Abbott. O último ataque, com lança-granadas, feriu outro militar americano, segundo o sargento Abbott, porta-voz das forças americanas na capital do país.
As informações são da agência Reuters.
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