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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse neste sábado, dia 9, que seu país tem uma "tarefa de longo prazo", a de levar a democracia e a prosperidade econômica ao Iraque e a todo o Oriente Médio.
A declaração, feita na fazenda do presidente no Texas, acontece cem dias depois da data em que Bush vestiu um macacão de piloto, pousou em um porta-aviões na costa da Califórnia e anunciou o fim da fase de combates no Iraque. Agora, Bush permanece otimista, apesar dos ataques quase diários a suas tropas, que já mataram 55 militares desde então.
Ele disse que o Iraque já é um lugar mais seguro, graças ao trabalho de 6 mil policiais em Bagdá e de 20 mil em outras cidades. Segundo ele, os bancos já reabriram e a economia iraquiana está sendo reconstruída; 1 bilhão de barris de petróleo estão sendo produzidos por dia, e mais de 150 jornais são publicados regularmente. Além disso, lembrou Bush, as câmaras de vereadores funcionam normalmente.
– Cem dias não são tempo suficiente para desfazer o terrível legado de Saddam Hussein ˜ afirmou Bush no seu programa semanal de rádio. – Há um trabalho difícil e perigoso pela frente, que requer tempo e paciência.
Embora Washington gaste US$ 4 bilhões por mês para garantir a segurança e o funcionamento de um novo governo no Iraque, Bush disse que o trabalho que está sendo feito lá deve servir de exemplo para o resto da região.
– Essa tarefa de longo prazo é vital para a paz na região e para a segurança dos Estados Unidos – disse ele. Uma fonte de primeiro escalão do governo disse que a ação militar para derrubar Saddam foi parte de "uma visão mais ampla" esboçada por Bush a respeito "de um tipo diferente de Oriente Médio" que pode surgir em alguns anos.
– Fomos à guerra no Iraque porque o regime de Saddam Hussein era uma ameaça – disse essa fonte. – Também era uma ameaça para um Oriente Médio mais esperançoso.
Falando em Dallas nesta semana, a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice, lembrou o fato de que os 22 países do Oriente Médio, com 300 milhões de habitantes, têm juntos um PIB menor que o da Espanha. Vários países árabes e até aliados dos EUA vêem com ceticismo o interesse declarado do governo Bush no Oriente Médio, e alguns consideram a postura norte-americana arrogante e insensível.
Por exemplo, já faz quase um ano que Bush propôs a criação de um Estado palestino até 2005, mas só em junho deste ano ele mergulhou de fato no assunto, reunindo-se com líderes de Israel, da Autoridade Palestina e de países árabes.
Passados cem dias no Iraque, os militares dos EUA e seus aliados fizeram "um progresso constante", segundo Bush.
– Estamos mantendo nossa palavra ao povo iraquiano, ajudando-o a transformar seu país em um exemplo de democracia e prosperidade em toda a região. As informãções são da agência Reuters.
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