| 22/03/2008 10h11min
As atenções para o jogo do Avaí neste sábado, dia 22, contra o Juventus, estarão voltadas, em grande parte, para o banco de reservas azurra. As duas equipes se enfrentam no Estádio da Ressacada pela sexta rodada do returno do Catarinense. Silas, o novo técnico, tem a missão de colocar o time do trilho para conquistar um título que não vem há mais de 10 anos.
Nesta entrevista concedida do Diário Catarinense, Silas mostrou que terá uma preocupação com o lado psicológico dos jogadores e afirmou que o Leão tem grandes chances de levar o returno e que todas as energias estarão voltadas para isso.
Diário Catarinense: O que o Avaí de Silas terá de diferente do que era antes?
Silas: Em princípio, quero dar continuidade a esta recuperação da auto-estima, que é o principal. Porque o que este time fez no primeiro turno, você não perde de um dia para o outro. Mas,
logicamente, o grupo ficou abatido com tudo o que aconteceu. Isso já é
passado. No jogo contra o Metropolitano, mesmo empatando, já houve reação. Depois, na vitória contra o Atlético, de Ibirama, o time, esteve tranqüilo. Agora vai ser o terceiro jogo, o primeiro meu dentro do campo, e a idéia é tentar repetir isso. Porque depois teremos dois clássicos que, praticamente, definem a nossa posição para a arrancada na final do returno.
DC: O Avaí ainda tem chances de ser campeão?
Silas: Acho que tem por causa do confronto entre Criciúma e Figueirense. Depois, nós jogamos ainda com os dois. Agente está correndo atrás, mas tem muitas chances ainda.
DC: O jogo entre Figueirense e Criciúma, qual o resultado ideal?
Silas: Um empate. Aí agente ficaria a um ponto de um (Figueirense) e dois de outro (Criciúma). Agente entraria na briga.
DC: Já passaram pelo Avaí treinadores como Cuca
e Adilson Batista, que hoje fazem belos trabalhos na Série A. Mas nenhum conseguiu o título. O que
você tem de diferente para conquistar o título?
Silas: Acredito que são épocas diferentes. É muito difícil analisar o que o treinador tem de diferente. Porque se o Avaí tivesse ganho o primeiro turno, você estaria entrevistando o Ramirez. Foi uma infelicidade, mas todo mundo tem sua parcela de culpa. Acho que é você ter a felicidade de as coisas acontecerem dentro do campo. Porque os jogadores são os mesmos, não mudou nada, chegou apenas o Émerson e o Cocito. Acho que depende do treinador na hora da mudança, da leitura do jogo, na hora de enxergar o momento psicológico do jogador, saber a hora de puxar o jogador. Agora, por exemplo, passando para o Dunga: se na semifinal da Copa América a bola do zagueiro uruguaio tivesse entrado, o Dunga estaria em Porto Alegre e o Jorginho no Rio. A bola não só não entrou, mas depois, o Brasil deu um passeio na Argentina, e o Dunga foi eleito o melhor técnico do ano. Quer dizer que, é muito fina esta linha do céu e do
inferno.
DC:
O que estão projetando para a Série B?
Silas: A nível de diretoria e comissão técnica a gente está fazendo planejamento, mas não é o momento de gastar energia nisso. Agora é o momento do Catarinense, de investir tudo que agente tem para tentar conquistar este título que passou perto, mas não está perdido, e depois sim, vamos investir mais a fundo na Série B.
DC: Você já negou, de forma veemente, que tenha vindo para preparar o terreno para o Zetti. Depende de quê para você ficar aqui o resto do ano e fazer um bom trabalho?
Silas: Tanto eu, quanto o Felipão, o Luxemburgo, o Muricy, que está sendo contestado no São Paulo pelo resultado em um jogo normal, nós dependemos de resultado. Esta é a palavra chave. Agora, o resultado em si não depende só do treinador, depende de uma soma de fatores que todo mundo já conhece. Você não pode, toda vez mandar 20 jogadores embora. Então tem que
mandar um. E é, infelizmente, a cultura insensata do nosso
país.
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