| 05/12/2007 21h58min
Na noite da última terça-feira, o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, deslocou-se do Rio de Janeiro a Porto Alegre e, da Capital para o Campus 8 da UCS para acompanhar o desfile que serviu de banca para a formatura da filha Gabriela Verri no curso de Moda e Estilo.
Aos 44 anos, o capitão do tetra se dispôs a encarar ainda um acréscimo na maratona, falando rapidamente e com exclusividade para o Pioneiro minutos antes do evento. Do qual não escapou, ao final, de ser solenemente convocado por Gabriela para auxiliar no carregamento das caixas com o material utilizado por ela em suas criações. O que atesta que, mesmo ao técnico do time mais badalado do mundo, não basta ser pai.
Agência RBS: Quais foram os seus três escolhidos para o prêmio Bola de Ouro? (Pelo regulamento da premiação, nenhum técnico de seleção nacional pode votar em atletas de seu país)
Dunga: O Cristiano Ronaldo, o Henry, porque vale o
ano passado, e o Pirlo, que faz o time do Milan andar. Ele
jogando, o time do Milan joga. Se ele não joga...
Agência RBS: Na sua opinião, o futebol saiu da era da posição para a era da função?
Dunga: Não. Acho que ele tem que jogar na posição dele, mas sem a bola ele tem que cumprir uma função. Com a bola, ele tem que ser livre. Seja um ala, um meia, cada um vai jogar na posição em que se ajusta. Só que, sem a bola, cada um tem uma função para cumprir. Em cada empresa, cada um tem uma função. Não adianta o cara não dizer para ti o que tu tens que perguntar ou não. "Ó, a tua função é fazer entrevista com fulano, beltrano ou cicrano". Agora, o jeito que tu vais fazer a pergunta, de que forma, é a tua criatividade, né?
Agência RBS: A sua idéia na Seleção Olímpica é priorizar os garotos, ou pretende usar também os três mais velhos (o regulamento do futebol olímpico permite a convocação de apenas três atletas com idade superior a 23 anos no momento da
competição)?
Dunga: Não, vou usar os três acima de 23,
com certeza. Não defini ainda quem, porque estou começando, é a recém a primeira vez que a gente se encontra, então tenho que ver em que setor será mais necessário trazer algum jogador. Porque, às vezes, não adianta o cara dizer "quero um Pelé", porque já tem um atacante com 23 anos.
Agência RBS: Em algumas posições você pode ter opções sobrando e em outras não?
Dunga: É, têm posições que sim. E também têm posições que todo mundo acha que tem muita gente, e que tem que botar para jogar. Até tem bastante gente para algumas posições, mas tem que ver o rendimento. Tem que botar jogar para ver.
Agência RBS: A camisa da Seleção pesa para alguns jogadores?
Dunga: Não (reticente)... Não é questão de pesar a camisa. A questão é que há uma série de situações que são diferentes do teu clube. No clube todo mundo joga em função, todo mundo passa mão na cabeça... Ali (na Seleção), não. Ali tu és mais um.
Que pode vir a ser aquilo que é no seu clube, mas tem que
demonstrar em campo.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.