O imbróglio jurídico envolvendo a construção no novo Estádio Orlando Scarpelli teve um final feliz para o Figueirense. Em julgamento encerrando no final da tarde desta segunda, dia 26, os desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) decidiram por 31 votos a 3 pela improcedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco). A Adin pedia o cancelamento da lei municipal 274/2007, que altera o plano diretor do bairro Estreito e que permite a construção do novo Scarpelli.

O relator do processo foi o desembargador Volnei Carlin e a sessão contou com muitas discussões, durando três horas e 15 minutos. Segundo nota no site do TJ, os magistrados, a partir do voto de Carlin, entenderam que a alteração no plano diretor ocorreu sem vícios e que não houve ofensa ao princípio da impessoalidade, uma vez que toda a região e até a cidade serão beneficiadas – e não apenas o Figueirense – com a lei aprovada na Câmara de Vereadores.

A Ufeco pediu o cancelamento da lei, em setembro, por causa dos reflexos que a construção do estádio traria a Florianópolis, principalmente na parte Continental da cidade.

Planos para Copa de 2014

Com a batalha jurídica definida, o Figueirense pode dar início ao projeto do seu novo estádio. Assim, o Scarpelli será remodelado e poderá receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Os planos, no entanto, só serão colocados em prática se Florianópolis for confirmada com uma das sedes do Mundial. Desta forma, a obra começaria em 2009 e se encerraria em 2011. O custo previsto é de US$ 60 a US$ 70 milhões e a capacidade do estádio passaria para 41 mil pessoas. Segundo o clube, os recursos virão da iniciativa privada.

Caso Florianópolis fique de fora do mapa da Copa, a diretoria alvinegra afirmou usará um plano "B". Somente 60% do projeto do novo Scarpelli será executado e um novo cronograma, definido.