| 27/05/2009 02h50min
O Grêmio provou ontem o gosto das agruras de um futebol periférico como o da Venezuela. Tudo, no último treinamento do time antes da partida decisiva contra o Caracas, foi amador. A começar pela saída da delegação do hotel. A equipe partiu do Tamanaco Intercontinental 15 minutos antes de começar o treinamento. Tempo suficiente, se Caracas não fosse uma cidade de engarrafamentos eternos. Resultado: o Grêmio chegou ao Estádio Olímpico com atraso de quase meia hora.
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O lugar estava às escuras. Não havia nenhum representante da Federação da Venezuela, da administração do estádio ou do Caracas para acender as luzes. O Olímpico venezuelano pertence à Universidade Central da Venezuela, a maior do país. A UCA, aliás, vem enfrentando dificuldades – seus reitores são anti-chavistas e o presidente, em represália, decidiu diminuir os
repasses de verbas à entidade.
O Olímpico, na
verdade, são dois estádios: atrás, ligado por uma passarela, há um de beisebol, alugado pelos Leones del Caracas e pelos Tiburones de la Guaira, assim como o de futebol é alugado pelo Caracas e pelo Itália. Explica-se, assim, a ausência dos dirigentes do Caracas em dias em que não há jogo.
É a universidade que utiliza os prédios nesses dias. Desta forma, o Grêmio treinou acompanhado de estudantes que corriam pela pista atlética, por outros que lutavam judô debaixo das marquises e mais alguns que treinavam taewkondo na sala dos fotógrafos.
Depois de 15 minutos de escuridão, representantes da Federação Venezuelana enfim agiram e acenderam os refletores. Os jogadores do Grêmio pisaram no gramado, onde já estavam alguns torcedores com a camisa do clube, tirando fotos. Os torcedores se retiraram, reclamando:
– Que horror, o campo está cheio de buracos.
Engarrafamento atrasou a chegada do Grêmio ao estádio em Caracas, que estava às escuras, para último treinamento
Foto:
Divulgação
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