| 04/11/2005 08h45min
A reportagem da Rádio Gaúcha comprovou a facilidade para contratar um serviço de grampo telefônico em Brasília. É tão simples como comprar um celular: detetives particulares colocam até mesmo anúncio na internet e oferecem a espionagem para quem está disposto a pagar altas somas de dinheiro.
Uma detetive, por exemplo, aceitou uma proposta de monitorar o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS). Ela não demonstrou preocupação com os riscos de realizar uma atividade ilegal – escutas telefônicas sem autorização da Justiça são consideradas um crime.
– Eu sei que é ilegal, mas você também deve saber que é ilegal. Né? – afirma.
Quando a reportagem propôs grampear telefones do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a resposta não foi diferente. O detetive topou e garantiu que não haveria problemas. Esse tipo de serviço custa em torno de R$ 5 mil.
Nos últimos dias, parlamentares integrantes de CPIs
afirmaram que são alvos de monitoramento em suas linhas
telefônicas. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, levou o caso para investigação da Polícia Federal.
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