| 24/10/2005 19h54min
As exportações de carne apresentaram nova queda na terceira semana de outubro. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, a média diária baixou de US$ 35,5 milhões na segunda semana do mês para US$ 32 milhões. Na primeira semana, quando os focos de aftosa em Mato Grosso do Sul ainda não tinham sido confirmados, a média diária das exportações de carne foi de US$ 46 milhões de dólares.
Apesar da queda na venda de carnes para o Exterior, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Ivan Ramalho, acredita que a doença não vai afetar o desempenho das exportações brasileiras este ano. Atualmente 43 países impõem embargo aos produtos brasileiros.
– No que diz respeito a este ano, ainda que possa ocorrer alguma queda em algum produto específico (bovinos, aves e suínos), nós acreditamos que não deva impactar significativamente a meta que está sendo perseguida de US$ 117 bilhões.
O secretário disse acreditar que a questão da aftosa seja solucionada até o próximo ano. Segundo ele, a suspensão da compra de carne produzida no Brasil é uma demonstração de cautela. Os países cancelam as importações para obter mais informações do país exportador.
– Isso já está sendo feito pelas autoridades da área fitossanitária e da agricultura. Estamos ainda em outubro e, provavelmente no ano que vem, as exportações de carne em geral já deverão estar regularizadas.
O primeiro foco de febre aftosa foi registrado no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul. No último dia 21 quatro municípios do Paraná foram interditados por suspeita de focos da doença. Os resultados dos exames dos animais sob suspeita de contaminação no Estado ficam prontos nesta terça.
Em 2004 o Brasil exportou US$ 2,5 bilhões (1,8 milhão de toneladas) em carne bovina. A previsão para 2005 é de US$ 3 bilhões a US$ 3,1 bilhões (2,4 milhões de toneladas). O Brasil é o maior exportador de carnes do mundo em volume e o segundo maior em valores,
atrás da Austrália.
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