A inflação deste mês medida pelo Índice Geral de Preços 10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou negativa em 0,52%. A queda nos preços foi ainda maior que no mês passado, quando o índice registrou deflação de 0,37%. Os preços foram coletados entre os dias 11 de julho e 10 de agosto. O IGP-10 acumula alta de 1,27% no ano e de 4,42% nos últimos 12 meses.

Este é o quarto mês seguido sem avanço de preços pelo IGP-10. Em maio, o índice tinha ficado estável e, desde então, registra sucessivas deflações. A desaceleração nos preços agora em agosto foi generalizada e atingiu atacado, varejo e construção civil. O movimento de queda, no entanto, teve mais peso nos preços no atacado: -0,64% em julho para -0,78% em agosto.

No atacado, o destaque ficou com os bens intermediários (insumos), que passaram de deflação de 0,68% no mês passado para -0,88% em agosto, influenciados pela queda nos preços dos combustíveis e lubrificantes, principalmente do óleo combustível. Já o grupo materiais e componentes para manufatura, que reúne itens como ferro, resinas plásticas e químicos e tem forte influência sobre diversos segmentos da cadeia industrial, mostrou deflação menor: de -1,86% para -1,08%.

As matérias-primas brutas registraram queda de 1,46%, ante uma taxa negativa de 1,01% no mês anterior, com o recuo nos preços de produtos como bovinos, soja, aves e leite in natura.

A desaceleração nos preços ao consumidor foi bem mais suave do que a verificada no atacado. A deflação no varejo passou de 0,04% para 0,07% em agosto. Apenas dois grupos apresentaram taxas inferiores às do mês passado: vestuário, influenciado pelas promoções de inverno, e despesas diversas, que registrou menor pressão da mensalidade para internet.

As informações são da Agência O Globo.