| 13/04/2005 13h03min
As duas amostras do vírus da gripe fatal enviadas ao país foram destruídas na noite dessa terça, dia 12. Segundo o Ministério da Saúde, elas estavam guardadas em um laboratório do Hospital Albert Einstein e no Laboratório Fleury, em São Paulo.
As amostras foram enviadas por engano pelo Colégio Americano de Patologistas a 3,7 mil laboratórios no mundo, integrando kits com dezenas de amostras de vários tipos de vírus, entre eles os laboratórios privados brasileiros Fleury e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O Colégio Americano de Patologistas é uma entidade que realiza testes de proficiência de laboratórios no mundo todo, enviando amostras de microorganismos. Os laboratórios devem identificar os micróbios e enviar as respostas para o Colégio.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) notificou o Ministério da Saúde na tarde de terça. No mesmo dia, os dois laboratórios foram informados pelo Ministério da determinação de destruir as amostras. O Ministério da Saúde enviará para a OMS a confirmação da destruição das amostras hoje à tarde.
Os laboratórios, que recebem vírus para testar sua capacidade de descobrir novas variedades deles, estão acostumados a lidar com material do tipo e a maior parte deles já havia sido avisada sobre o perigo. Segundo Klaus Stohr, cientista da OMS, havia chances pequenas de alguém ser contaminado.
– É um risco, mas o consideramos baixo. Isso não deve provocar muito pânico – afirmou. – Até sexta, teremos superado isso.
O alerta mais recente aparece no momento em que a OMS já se mobiliza devido à gripe aviária na Ásia, a qual, se não for detida, pode acabar provocando uma pandemia humana. O vírus de 1957 não foi usado em vacinas contra a gripe desde 1968, o que significa que as pessoas nascidas depois dessa data não teriam defesas contra ele.
O organismo foi enviado para 61 laboratórios fora da América do Norte, todos contatados, de acordo com Stohr. Mas não se sabe ainda se todos as amostras presentes nos EUA já foram encontradas. A OMS recebeu um alerta em 26 de março da Agência Canadense de Saúde Pública sobre o fato de que o vírus, conhecido como H2N2, havia sido distribuído em kits recebidos por laboratórios do Canadá. Não se sabe por que o grupo norte-americano responsável pela distribuição dos kits escolheu um vírus tão perigoso.
As informações são da Rádio Gaúcha, Reuters e Agência Saúde.
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