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 | 24/02/2005 19h45min

Estado amplia importação para garantir abastecimento

Nível dos reservatórios será monitorado diariamente

No dia em que o Rio Grande do Sul registrou um novo recorde no consumo de energia, o secretário de Energia, Valdir Andres, instalou oficialmente o Grupo de Trabalho (GT) para monitorar os efeitos da estiagem sobre o abastecimento energético do Rio Grande do Sul. Os trabalhos serão de acompanhamento diário do nível dos reservatórios gaúchos e do funcionamento das usinas hidrelétricas e termelétricas. O grupo de trabalho envolve a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), o Comitê de Operação e Planejamento do Sistema Elétrico do Rio Grande do Sul (Copergs), e técnicos da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações (Semc).

De acordo com avaliação do secretário, o Estado está trabalhando próximo ao seu limite de importação de energia, que fica ao redor de 3.000 Megawatts (MW). Nesta quinta, dia 24, às 15h06min, o pico de consumo atingiu 4.290 MW, com 2.780 MW (65%) sendo trazidos de fora do Estado. Em virtude disso, foi acionado automaticamente o relé de potência na subestação de Gravataí, que aumenta a capacidade de importação de energia em 500 MW, elevando o limite para 3.500 MW. A geração de energia própria ficou em 1.510 MW neste horário.

– O quadro atual não é dramático, mas é preocupante. Por isso vamos tomar todas as precauções necessárias para garantir o abastecimento de energia aos gaúchos – disse Andres.

O secretário prevê consumo crescente de energia pelos próximos 45 a 60 dias.

– Devemos atingir picos de 4.400 Megawatts em março, quando a atividade das pessoas e das empresas volta ao normal – anuncia.

Se a falta de chuvas persistir no próximo mês, o alerta vermelho será aceso no governo.

Para evitar problemas, Andres deve ir até a Argentina na próxima semana negociar a retomada do fornecimento de gás à usina termelétrica de Uruguaiana, que acrescentaria mais 600 MW à geração de energia gaúcha. O secretário diz que também vai solicitar ao governo federal a retomada da geração térmica no Estado e o esforço para viabilização dos projetos de usinas à carvão em negociação com empresas privadas – especialmente Candiota 3 e Jacuí 1.

As informações são do governo do Estado.

 

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