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 | 22/02/2005 20h55min

Hidrelétrica na Serra suspende operação devido à estiagem

Estado está importando 70% da energia consumida pelos gaúchos

A estiagem prejudica as operações de usinas hidrelétricas do Estado. O problema é sentido com maior intensidade a Usina Hidrelétrica Monte Claro, em Veranópolis, que teve a geração de energia da Unidade 1 suspensa pela Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) na segunda, dia 21, em virtude do baixo nível do Rio das Antas.

Atualmente, a vazão do Rio das Antas oscila entre 10 e 20 metros cúbicos por segundo, enquanto a média histórica (desde 1940) para o mês de fevereiro é de 197,7 metros cúbicos por segundo. Para que cada uma das duas turbinas da Usina Hidrelétrica Monte Claro opere com sua capacidade máxima (65 MW cada) são necessários 190 metros cúbicos de água por segundo. 

O Rio Grande do Sul está importando cerca de 70% da energia consumida pelos gaúchos devido à estiagem. Segundo o secretário de Energia, Valdir Andres, a média anual de importação fica entre 35% e 40%.

Nesta terça, dia 22, o pico de consumo registrado pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi de 4.266 MW com temperatura de 33,4ºC. Desse total, cerca de 3.000 MW foi trazido de fora do Estado para suprir a demanda de energia gaúcha. Na segunda, dia 21, foi atingido o recorde de consumo no RS com 4.280 MW.

Apesar do consumo crescente, Andres garante que não há risco de ocorrer falta ou racionamento de energia no Estado. Porém, "a luz amarela está acesa", admite o secretário. Isso porque a falta de chuvas tem afetado os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas gaúchas. O índice de armazenamento caiu 0,95% em relação ao dia anterior, quando estava em 59,3% da capacidade. As demais regiões do país estão operando com o nível acima de 70%.

As represas mais atingidas com a seca estão localizadas na bacia do Rio Uruguai. O reservatório que armazena água para a Usina Hidrelétrica de Machadinho opera com 32% da capacidade, porcentagem muito próximo do nível de risco para garantir o abastecimento de energia, que é de 30%.

Os reservatórios da bacia do Jacuí apresentam níveis mais elevados. O reservatório da Usina Hidrelétrica de Jacuí opera com 85%, enquanto o de Itaúba apresenta 84% e Passo Real, que é o principal reservatório do Estado, tem 55% da sua capacidade. Já na bacia do Rio Passo Fundo, o reservatório opera com 59% da sua capacidade.

– Mesmo que os níveis de algumas represas estejam próximos dos 40%, não há risco de desabastecimento de energia na região, pois o Sistema Interligado Nacional garante o asuprimento de energia vinda das demais regiões do país – explica Andres.

O alerta vermelho pode acontecer quando a bacia do Rio Iguaçu, no Paraná, que é responsável por 65% do armazenamento dos três Estados, apresentar nível abaixo dos 40%. Atualmente, o nível está em 60%.

As informações são do governo do Estado.

 

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