Para manter a posição de o maior exportador mundial de carne, o Brasil precisa preservar a alta qualidade de seu produto. A febre aftosa é uma das doenças que podem ameaçar o gado brasileiro, por isso, o governo quer erradicar a doença do país em 2005. Atualmente, 15 Estados já são considerados áreas livres da febre aftosa, mas ainda é necessário vacinar o rebanho.

De acordo com o veterinário Newton Moraes, do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, até os animais mantidos apenas para alimentar a família do criador precisam ser vacinados, já que a febre aftosa é facilmente transmissível.

– Na maioria dos Estados, a vacina é vendida em todas as casas de produtos veterinários e pode ser aplicada pelo próprio produtor. É uma vacina fácil de ser aplicada, mas o produtor pode procurar a unidade veterinária de seu Estado para receber orientação – informou Moraes.

A febre aftosa provoca prejuízos para o produtor e para o país. Segundo Moraes, a queda das exportações aumenta a quantidade de carne no mercado interno e, conseqüentemente, joga os preços para baixo.

Para manter o país livre doença, está inclusive mantendo as áreas de fronteira do Brasil sob rigorosa vigilância. Nos últimos dois anos, o Ministério da Agricultura doou 3 milhões vacinas para o Paraguai e a Bolívia combaterem a doença. O objetivo é criar um faixa de proteção na América do Sul e em 2009 erradicar a doença na região.

Além disso, o Ministério da Agricultura conta com o trabalho de laboratórios espalhados por todo o país para fazer o monitoramento anual comprovando a ausência da doença nas áreas consideradas livre de febre aftosa e autorizar o trânsito de animais no território nacional. Segundo o veterinário Pedro Paulo Pires, do laboratório da Embrapa de Campo Grande, existe uma cartilha para orientar o produtor sobre como cuidar de seu rebanho.

– Com esta instrução, o produtor fica sabendo da importância da vacinação para defender a pecuária nacional – explica.

A cartilha Processamento da Carne Bovina, da Embrapa e do Sebrae, custa R$ 20 e pode ser obtida pelo telefone (67) 368-2083.

As informações são da Agência Brasil.