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Cerca de 200 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão acampadas dentro do Perímetro Irrigado Tabuleiro de Russas, próximo ao açude Castanhão, a 150 quilômetros de Fortaleza, no Ceará. Um dos coordenadores do MST Odair Magalhães informou que os trabalhadores reivindicam o direito de participar do projeto de irrigação destinado a pequenos agricultores (75%) e a grandes empresas (11%).
Segundo números da Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado, do total de 495 lotes para pequenos agricultores, 137 estão sendo licitados. São 1.146 hectares numa área com infra-estrutura já instalada e própria para o cultivo de frutas. Os militantes do MST, entretanto, alegam que isso vai beneficiar apenas os grandes empresários.
Representantes do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e da Secretaria de Agricultura estão negociando, desde ontem, com os representantes do MST. O diretor-geral do Dnocs, Eudoro Santana, pediu calma, argumentando que é preciso compreender que se trata de uma "tensão social nacional”.
Por enquanto, as 200 famílias permanecem no local, mas, segundo os coordenadores do MST, mais de 300 famílias deverão se juntar ao grupo no próximos dias, vindas de municípios da região. É a primeira vez que o projeto irrigado é invadido por trabalhadores sem terra.
As informações são da Agência Brasil.
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