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 | 18/08/2003 13h28min

Entidades exigem dos EUA inquérito sobre a morte de cinegrafista

Funcionário da Reuters foi morto por soldados norte-americanos

Grupos internacionais de proteção aos meios de comunicação pediram nesta segunda, dia 18, que os Estados Unidos investiguem a fundo a morte de Mazen Dana, um cinegrafista da Reuters morto a tiros por soldados norte-americanos no Iraque.

Militares em um tanque dos EUA atiraram contra Dana no domingo, dia 17, enquanto ele filmava do lado de fora da prisão Abu Ghraib, na região oeste de Bagdá, segundo testemunhas. Horas antes, o local havia sido alvo de um ataque com morteiros. As Forças Armadas norte-americanas admitiram ter atingido o cinegrafista porque, segundo explicaram, os soldados acharam que a câmera dele fosse um lançador de granadas.

O presidente-executivo da Reuters, Tom Glocer, exortou "a mais completa e detalhada investigação sobre esta terrível tragédia''. A Comissão para a Proteção de Jornalistas (CPJ) e o grupo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) também exigiram que as autoridades norte-americanas realizem um inquérito completo sobre o assunto. Eles irão encaminhar a solicitação ao secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld.

Dana, um palestino de 43 anos, trabalhava para a Reuters principalmente na cidade de Hebron (Cisjordânia). A CPJ homenageou-o com o Prêmio Internacional Imprensa Livre em 2001, por seu trabalho na cidade, onde foi ferido e agredido várias vezes.

As informações são da agência Reuters.

 

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