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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu nesta terça, dia 15, o aumento do prazo de trabalho para a concessão de aposentadorias dos servidores e afirmou que eventuais ajustes na reforma da Previdência têm que preservar os pontos considerados essenciais da proposta original, enviada ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
– O governo não apoiará mudanças que mexam na estrutura, na coluna vertebral das reformas – disse Palocci antes de almoço com empresários brasileiros e espanhóis em Madri, onde acompanha a visita do presidente Lula.
Explicando que, no caso da reforma previdenciária, a "coluna vertebral" é a sustentabilidade das contas da Previdência, o ministro disse que os servidores precisam ver a mudança como um esforço para garantir os direitos e não para tirá-los. Ao mesmo tempo, apontou como fundamental a ampliação do prazo de trabalho dos servidores.
– Os servidores devem entender isso como uma questão salutar – disse Palocci.
Ele acrescentou que o país precisa que servidores experientes em diversos setores, como saúde e educação, permaneçam mais tempo no serviço público. Atualmente, os servidores públicos podem se aposentar com 48 anos (mulheres) e 53 anos (homens) e a proposta do governo que está no Congresso aumenta essas idades para 55 anos e 60 anos, respectivamente.
– Não é razoável, com as dificuldades do Brasil, que um servidor que seja fundamental se aposente aos 48 anos. Não é razoável. Não é que seja proibido, não é razoável – ponderou.
Sobre a greve dos servidores, que entrou em sua segunda semana, Palocci explicou que, a princípio, os ministros promovem os descontos dos dias parados, mas disse que eventuais negociações posteriores podem ser definidas pelo presidente Lula.
As informações são da agência Reuters.
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